A decisão do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, de desembarcar nesta quarta (8) no Congresso para um ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns parlamentares de extrema direita foi interpretada pelo governo Lula como uma evidente provocação –mas não suscitará uma resposta imediata.
Daniel já foi chamado a prestar esclarecimentos ao Palácio do Itamaraty por declarações polêmicas ou equivocadas por ao menos três vezes, mas mantém o que diplomadas e auxiliares do presidente definem como “uma rota absolutamente equivocada”.
O desconforto é tal que muitos avaliam, internamente, no Planalto, que ele “não é interlocutor” para essa crise.
A ordem, porém, é não responder com o fígado, emocionalmente.
Até que o grupo de 34 pessoas que tentam deixar Gaza desembarque no Brasil, a ordem é por pragmatismo.
O ministro Mauro Vieira (Relações Internacionais) enviou contato ao seu contraparte em Israel ontem, cobrando novamente uma posição sobre a saída dos brasileiros. A promessa, feita diretamente a Vieira, era a de liberação do grupo ontem, o que não aconteceu.
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