Suspensão do Leilão e Suas Implicações
A Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) anunciou a suspensão do leilão referente ao terreno do antigo Colégio Estadual Odorico Tavares, situado na movimentada Avenida Sete de Setembro, em Salvador. Essa decisão foi tomada algumas horas após a publicação do edital que previa o início das ofertas no dia 4 de setembro, conforme divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE) na terça-feira (29).
Em comunicado, a Saeb justificou a suspensão citando a necessidade de ‘ajustes técnicos’, mas não detalhou quais modificações são necessárias. O Bahia Notícias tentou contato com a secretaria para obter esclarecimentos adicionais, mas ainda não recebeu uma resposta. Além disso, não há previsão de quando um novo aviso sobre o leilão será divulgado, deixando a situação em aberto e gerando incertezas.
A nota oficial da Saeb afirmava: ‘A Secretaria da Administração (Saeb) publicou, no Diário Oficial do Estado (DOE), dessa terça-feira (29), um comunicado tornando sem efeito o Aviso do Edital 03/2025, para leiloar o antigo Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado no Corredor da Vitória. A publicação foi em virtude da necessidade de realizar ajustes técnicos no Termo de Referência do Edital 03/2025.’
O Colégio Estadual Odorico Tavares tem uma história marcada por sua significativa presença na educação pública da capital baiana. Em janeiro deste ano, a Casa Civil do governo estadual já havia confirmado a intenção de vender o imóvel, com a expectativa de que a licitação oficial fosse publicada até o fim de junho. No entanto, essa previsão não se concretizou, gerando mais dúvidas sobre o real interesse do governo em efetivar a venda.
A autorização para o leilão do prédio foi concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e sancionada pelo então governador Rui Costa (PT) em 2020. Desde então, o governo tem enfrentado diversos obstáculos que dificultam a alienação do imóvel. O prédio, localizado em uma região onde o metro quadrado é um dos mais valorizados da cidade, foi desocupado em janeiro de 2020, quando a administração alegou que o número de matrículas estava aquém da capacidade da instituição.
A decisão de desocupar o espaço gerou uma onda de protestos entre alunos e professores da unidade, que se opuseram à medida, defendendo a importância da escola para a comunidade e para a educação na região. Assim, a suspensão do leilão do Odorico Tavares não só traz mais incertezas sobre o futuro do imóvel como também reacende debates sobre a gestão e as prioridades do governo em relação à educação pública na Bahia.
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Os próximos passos em relação a este leilão ainda estão indefinidos. Especialistas e membros da comunidade educacional aguardam ansiosamente por novidades sobre a reabertura do processo e as possíveis mudanças que poderão ser feitas no edital original.
