Queda Significativa nos preços do café
O preço do café moído, conforme o Índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma queda de 1,01% em julho, representando a primeira redução desde dezembro de 2023. Essa diminuição interrompe um ciclo de 18 meses consecutivos de aumentos, marcando uma mudança significativa no mercado do insumo que é parte essencial da cultura brasileira. Desde o início de 2024, o valor do café tem subido, e a última vez que a bebida teve uma redução foi no final do ano passado, quando o preço caiu 0,37%.
Apesar da recente queda, os números ainda indicam um aumento acumulado de 41,46% em 2024 e um impressionante 70,51% nos últimos 12 meses até julho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados na terça-feira (12/8).
A Flutuação dos preços do café desde 2023
A partir da transição de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, o café apresentou uma alta de 0,80%, segundo informações do IBGE. Desde então, os preços apenas subiram, resultando em uma sequência de 18 aumentos consecutivos. Abaixo, a variação mensal do preço do café moído ao longo desse período:
- Dezembro de 2023: -0,23%
- Janeiro de 2024: 0,80%
- Fevereiro de 2024: 0,21%
- Março de 2024: 1,08%
- Abril de 2024: 3,08%
- Maio de 2024: 3,42%
- Junho de 2024: 3,03%
- Julho de 2024: 3,27%
- Agosto de 2024: 3,70%
- Setembro de 2024: 4,02%
- Outubro de 2024: 4,01%
- Novembro de 2024: 2,33%
- Dezembro de 2024: 4,99%
- Janeiro de 2025: 8,56%
- Fevereiro de 2025: 10,77%
- Março de 2025: 8,14%
- Abril de 2025: 4,48%
- Maio de 2025: 4,59%
- Junho de 2025: 0,56%
- Julho de 2025: -1,01%
Durante esse período, o café atingiu seu pico em fevereiro de 2025, com uma elevação de 10,77%. Na ocasião, o IBGE destacou que a safra do café enfrentava problemas, o que contribuía para a alta dos preços. Entretanto, a partir de março, houve uma desaceleração nos preços, culminando na queda registrada em julho, que resultou da colheita mais robusta do grão nos meses de junho e julho.
Contexto da inflação em Julho
A inflação em julho apresentou uma alta de 0,26%, um pouco acima dos 0,24% registrados em junho. No acumulado dos últimos 12 meses até julho, a inflação atingiu 5,23%, permanecendo acima do teto da meta estabelecida, que é de 4,50%. Até o momento, o índice tem uma alta acumulada de 3,26% no ano.
Os resultados mensais foram afetados pela elevação de 3,04% nos preços da energia elétrica residencial, impulsionada pela manutenção da bandeira tarifária vermelha no patamar 1, que acrescenta uma taxa de R$ 4,46 a cada 100 KWh consumidos. Nos primeiros sete meses de 2024, a energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18%, a maior para o período desde 2018, quando a variação foi de 13,78%.
