policial militar é Detido por Morte de Marceneiro

O policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, acusado de homicídio doloso, foi preso preventivamente pela morte do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, que foi atingido na cabeça por um tiro em julho deste ano, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo. O caso segue em investigação pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

A Justiça de São Paulo confirmou a prisão de Almeida, que ocorreu na madrugada do dia 16, após o cumprimento de um mandado de prisão preventiva. O policial participou de uma audiência de custódia, onde a Justiça decidiu pela manutenção de sua detenção.

Após a audiência, Fábio foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, localizado na Zona Norte da capital paulista. Enquanto isso, a Polícia Civil aguarda a conclusão de laudos periciais para seguir com as investigações e encaminhar o inquérito à Justiça. O Terra está buscando contato com a defesa do militar, que ainda não se manifestou.

O Caso de Guilherme Dias Santos Ferreira

Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi fatalmente atingido no dia 4 de julho. Segundo informações do Estadão, o jovem estava correndo em direção ao ponto de ônibus após o trabalho numa sexta-feira, quando foi alvejado na cabeça por um tiro disparado pelo PM Fábio Anderson Pereira de Almeida, de 35 anos.

Na ocasião, o policial alegou ter confundido Guilherme com um dos assaltantes que o abordaram pouco antes do incidente. Fábio foi preso em flagrante e levado ao distrito policial, mas acabou liberado após pagar uma fiança de R$ 6,5 mil. Na época, o delegado de plantão entendeu que o caso se tratava de homicídio culposo (sem intenção de matar) e fixou a fiança, permitindo que o PM respondesse em liberdade.

Essa decisão gerou críticas e descontentamento. A Ouvidoria de Polícia de São Paulo classificou a morte do marceneiro como um crime doloso e solicitou à Corregedoria da Polícia Civil que investigasse os procedimentos adotados pela autoridade policial no local onde a ocorrência foi registrada.

“O procedimento da PM exige três etapas nessas situações: identificar, decidir e agir”, afirmou Mauro Caseri, ouvidor de Polícia, em nota. “O policial ignorou essa ordem, agindo antes de fazer a identificação correta, resultando na morte de mais um inocente em um crime de natureza dolosa, que feriu a vida de um trabalhador negro, agravando ainda mais a situação de outra pessoa ao disparar pelas costas”, concluiu.

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