Histórico de Violência Complica Situação do Réu
Renê da Silva Nogueira Junior, empresário que foi preso preventivamente pelo homicídio do gari Laudemir de Souza Fernandes em Minas Gerais, já tinha um histórico de violência doméstica em São Paulo, onde era réu em um processo que envolvia agressões físicas, psicológicas e patrimoniais contra sua ex-companheira. O fato aconteceu em Cotia, no interior do estado, em maio do ano passado.
De acordo com informações obtidas pelo Terra, Renê residia com sua então parceira em um condomínio em Cotia, onde ela enfrentava um cenário de violência doméstica há aproximadamente quatro anos. Em 2021, a mulher relatou à polícia que Renê a agrediu após não encontrar sua carteira com documentos. Durante o incidente, ele a empurrou contra a parede e destruiu objetos da casa, resultando em lesões que a levaram a quebrar o pé.
Além das agressões físicas, a mulher revelou que sofreu diversos tipos de violência psicológica durante o relacionamento, assim como ameaças direcionadas à sua família caso decidisse denunciar Renê. O empresário ainda demonstrou crueldade ao agredir animais de estimação do casal, como uma tática para intimidar a vítima.
A vítima também relatou episódios de violência patrimonial, sendo alvo de chantagens para não trabalhar fora de casa. Renê, na época, fazia uso de medicamentos sem orientação médica e possuía uma arma de fogo sem a devida autorização. Diante da situação, a mulher requisitou uma medida protetiva de emergência contra ele.
Caso Renê seja condenado pelo homicídio de Laudemir de Souza Fernandes, sua situação por violência doméstica pode agravar sua pena. O histórico de violência poderá ser considerado pela Justiça como um indicativo de sua personalidade, que foi avaliada como desfavorável.