Histórico Criminal de Renê

Renê da Silva Nogueira Júnior, um empresário de 47 anos, foi detido preventivamente em Belo Horizonte (MG) por ser o principal suspeito de assassinar um gari. O crime, que ocorreu em uma briga de trânsito, trouxe à tona o longo histórico criminal do empresário, que inclui várias acusações de agressões a mulheres e um homicídio anterior. Segundo registros, em 2011, Renê atropelou uma mulher de 50 anos no Recreio dos Bandeirantes, resultado que culminou na morte da vítima e na acusação de homicídio culposo (sem intenção) e por dirigir em alta velocidade.

Além disso, em 2003, ele foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal por agredir uma mulher. Em 2005, Renê foi detido novamente por violência doméstica, desta vez contra sua ex-noiva. A situação se repetiu em 2021, quando foi investigado por ameaçar e agredir sua ex-esposa durante o processo de divórcio.

O Assassinato de Laudemir de Souza Fernandes

Renê encontra-se atualmente encarcerado pela morte de Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, que ocorreu em um incidente de trânsito no dia 11 de agosto. Na manhã daquele dia, Laudemir, que trabalhava como gari no bairro Vista Alegre, foi atingido por disparos durante uma discussão com o empresário, que exigiu que o caminhão de coleta de lixo deixasse a via para que pudesse passar com seu veículo elétrico.

Após a troca de palavras com a motorista do caminhão, Renê desceu do carro portando uma arma e disparou contra Laudemir, atingindo-o na região da costela. Apesar de ter sido socorrido e levado a um hospital, a vítima não conseguiu sobreviver aos ferimentos, que foram causados por uma hemorragia interna provocada pela bala que ficou alojada em seu corpo.

Prisão e Declarações do Suspeito

Horas após o crime, a prisão de Renê foi efetuada em uma academia de luxo no bairro Estoril, através de uma operação conjunta da Polícia Civil e Militar. Ele foi encaminhado ao Departamento Estadual de investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está investigando o caso. Durante a audiência de custódia, realizada em 13 de agosto, a prisão em flagrante de Renê foi convertida em preventiva.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) revelou que, após atirar, Renê deixou o local “tranquilamente”, como se nada tivesse acontecido. Em coletiva, os delegados informaram que o empresário negou qualquer envolvimento no crime e alegou que não esteve no local do incidente. Segundo o delegado Evandro Radaelli, Renê disse que saiu de casa rumo à empresa em Betim (MG) e enfrentou um trânsito incomum, apresentando cronogramas confusos sobre suas atividades no dia do crime.

investigação da Arma Usada

As investigações levaram à apreensão de uma arma que pertence à esposa de Renê, Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, que também é delegada da Polícia Civil. A perícia irá determinar se esta arma foi a utilizada no crime. A Corregedoria da Polícia Civil abriu um processo administrativo para investigar se Renê tinha acesso à arma e se sua esposa estava ciente de seu uso. Ana Paula negou qualquer envolvimento no caso, e até o momento não há evidências que comprovem sua participação, permitindo que ela continue em seu cargo.

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