Planos de Ação em Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou com jornalistas neste domingo (10/8), afirmando que o país não possui outra opção a não ser “terminar o trabalho e derrotar o Hamas“. Ele esclareceu que o objetivo não é ocupar a Faixa de Gaza, mas sim libertá-la do terrorismo que o grupo extremista exerce sobre a região.

Netanyahu anunciou que a implementação do plano de ocupação na Faixa de Gaza será iniciada em breve, começando pela Cidade de Gaza, o principal centro urbano sob controle do Hamas. “O cronograma que temos para essa ação é bastante acelerado. Nossa prioridade é criar zonas seguras para que a população civil da Cidade de Gaza possa evacuar com segurança”, destacou o primeiro-ministro. Segundo ele, essa abordagem representa a melhor maneira de encerrar rapidamente o conflito.

Quando questionado sobre a morte de palestinos devido à falta de alimentos, além das fatalidades causadas por ataques, Netanyahu se esquivou de reconhecer que isso ocorre. Ele afirmou que imagens de crianças com desnutrição não comprovam a existência de uma crise humanitária na região. Até agora, 193 pessoas perderam a vida em Gaza devido à fome e à desnutrição.

Por outro lado, Netanyahu expressou seu desejo de aumentar a abertura de centros de distribuição de alimentos e de corredores humanitários. Desde o dia 5 de agosto, Israel começou a permitir a entrada controlada de mercadorias em Gaza, facilitada por comerciantes locais.

Reação do Brasil à Situação em Gaza

O governo brasileiro manifestou sua preocupação em relação à decisão de Israel. Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, no sábado (9/8), o Brasil “deplora a decisão do governo israelense de intensificar as operações militares na Faixa de Gaza, incluindo uma nova incursão na Cidade de Gaza, uma medida que pode agravar ainda mais a já catastrófica situação humanitária da população civil palestina, que enfrenta mortes, deslocamento forçado, destruição e fome”.

A nota também pediu a retirada imediata das tropas israelenses do território, reiterando que a Faixa de Gaza, assim como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, é parte fundamental do Estado da Palestina. O documento ressalta a urgência de um cessar-fogo duradouro, a libertação de todos os reféns e o acesso irrestrito à ajuda humanitária.

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