O corpo do menino joão Miguel, de apenas 10 anos, foi encontrado em uma fossa localizada em uma área de vegetação densa na sexta-feira, 13 de setembro. O pequeno estava com as mãos amarradas e apresentava um tecido amarrado ao pescoço, além de estar envolto em um pedaço de pano que lembrava um lençol. O garoto estava desaparecido desde o dia 30 de agosto e, segundo informações preliminares, foi vítima de homicídio mais de dez dias após o seu desaparecimento. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso e levantou indícios de que a morte de joão Miguel pode ter ocorrido entre a última terça-feira e a sexta-feira em questão.

Após a descoberta do corpo, os investigadores se deparam com novas questões que precisam ser esclarecidas para elucidar o crime que envolveu o garoto. Conforme esclarecido pela delegada-chefe da 8ª Delegacia de Polícia (SIA), Bruna Eiras, a apuração das circunstâncias que levaram à morte do menino é complexa. A delegada destacou que, diante do avançado estado de decomposição do corpo, que estava em processo de deterioração há cerca de 72 horas, um exame inicial não foi capaz de determinar com precisão a causa do falecimento. Para isso, serão necessários exames laboratoriais que possibilitem uma análise mais detalhada e conclusiva.

Ainda é uma prioridade para a polícia descobrir o local onde joão Miguel pode ter sido mantido em cativeiro até o momento de sua morte. A delegada Bruna Eiras fez um apelo à população: qualquer informação relacionada a um possível cárcere deve ser reportada à PCDF pelo telefone 197. Vale destacar que o corpo do menino foi encontrado após uma denúncia anônima que sinalizava a presença de algo suspeito na zona de mata do setor Lúcio Costa, próximo ao viaduto que leva ao Guará I. A partir dessa denúncia, as equipes de busca conseguiram localizar o corpo do garoto.

No dia do desaparecimento, joão Miguel havia saído de casa em direção ao mercado, utilizando sua bicicleta, com R$ 100, que pretendia trocar por notas menores. Infelizmente, nenhum dos itens foi encontrado até o momento junto ao menino.

**Linhas de investigação**

A PCDF está avaliando todas as possibilidades de investigação em busca de respostas para o trágico assassinato de joão Miguel. A delegada Bruna Eiras ressaltou a importância de entender quem teria motivos para tirar a vida do garoto, levantando hipóteses que vão desde uma possível retaliação contra a família até um ato dirigido especificamente ao próprio menino.

Outro aspecto que está sendo analisado é a possível participação de mais de uma pessoa no crime. Há um questionamento em relação à premeditação dos atos; a polícia investiga se o crime foi planejado ou se ocorreu em um momento de desespero. O próximo passo inclui a coleta de depoimentos de todas as pessoas que conviveram com joão Miguel, ou seja, amigos, familiares e vizinhos. O pai do garoto, que se encontra recolhido à prisão, também será chamado para prestar esclarecimentos dentro da cadeia.

A delegada afirmou que o cronograma das investigações ainda não pode ser definido, e que o foco inicial será ouvir testemunhas que se apresentarem na delegacia. Embora laudos periciais costumem levar cerca de 30 dias para serem elaborados, Bruna Eiras afirmou que, devido à seriedade do caso — uma criança assassinada —, as investigações serão aceleradas.

**Contexto do Desaparecimento**

joão Miguel foi visto pela última vez em sua rua, onde brincava com outras crianças por volta das 18h do dia do seu desaparecimento. Vizinhos relataram que o menino deixou a residência com destino ao mercado próximo às 21h. A tia de joão explicou que ele costumava brincar em frente à casa e que já estava acostumado a ir ao mercado, que ficava a uma curta distância de sua residência. Ela enfatizou que, dadas essas circunstâncias, não é crível que o menino tenha se afastado para outro local.

Apesar de ter sido encontrado em uma fossa com água, a perícia esclareceu que joão Miguel não apresentava água em seus pulmões, o que descarta a possibilidade de afogamento. Além disso, a delegada Bruna Eiras ainda informou que não há indícios que sugiram que a criança tenha sido vítima de abuso sexual. A busca por respostas continua, com a esperança de que a verdade sobre esse crime horrendo venha à tona.

Share.
Leave A Reply

Exit mobile version