**Expectativas para a Semana em Brasília: feriado e Decisões Cruciais na Política Nacional**

A semana em Brasília promete ser frenética, mesmo com a redução das atividades legislativas devido ao feriado de Corpus Christi, que ocorre na próxima quinta-feira (19). Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará uma viagem ao Canadá, onde participará de uma importante reunião do G7. Isso levanta expectativas principalmente em relação à decisão do Banco Central sobre a taxa Selic, que será anunciada na quarta-feira (18).

Os integrantes do Comitê de Política Monetária se reunirão para deliberar se mantêm a taxa de juros ou se optam por um novo aumento. Desde o ano passado, o Brasil vem experimentando um ciclo de alta nas taxas de juros, uma medida que visa controlar a inflação e estabilizar a economia. No cenário político, a câmara dos deputados concentrará suas atenções na votação de um requerimento de urgência referente a um projeto que propõe revogar um decreto presidencial que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Outro ponto de destaque no Congresso é a possível análise, na sessão conjunta dos parlamentares, do requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) relacionada ao Instituto Nacional do Seguro Social (inss). Se o requerimento for lido pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, a CPMI poderá ser oficialmente instalada, o que envolve a nomeação de representantes de diversos partidos.

Na linha do que será discutido nos três poderes federais, o executivo se prepara para eventos significativos. Lula, que embarcou nesta segunda-feira (16), está a caminho de Kananaskis, no Canadá, onde será um dos convidados da reunião de cúpula do G7. Esse grupo reúne as nações mais poderosas e industrializadas do planeta, incluindo Estados Unidos, alemanha, França, Reino Unido, Japão, Itália e o próprio Canadá. Além do Brasil, líderes de outros países, tais como África do Sul, Austrália, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e méxico, também foram convidados, assim como representantes de organismos internacionais como a ONU e o Banco Mundial.

A cúpula, que começa oficialmente na terça-feira (17), terá a segurança energética como um de seus temas centrais. Outras questões relevantes, como tecnologia, inovação, viabilização das cadeias produtivas de minerais essenciais e infraestrutura, também estarão na pauta. O conflito entre israel e Irã poderá ser mencionado durante os debates.

O convite para que Lula compareça à cúpula partiu do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, e está programada uma reunião bilateral entre os dois na terça-feira. Assim que chegar ao Canadá, Lula participará de uma recepção oferecida pela premiê da província de Alberta, Danielle Smith, que contará com a presença de outros líderes internacionais. Na mesma noite, a governadora-geral do Canadá, Mary Simon, promoverá um jantar de boas-vindas.

A agenda do presidente Lula no G7 inclui uma foto oficial com as lideranças dos países participantes, agendada para às 11h de terça-feira. Logo após, haverá um almoço de trabalho focado em “o futuro da segurança energética”, que reunirá 17 nações convidadas e terá como objetivo discutir tecnologias e investimentos para garantir acesso sustentável à energia. O dia de compromissos do presidente encerra às 15h30.

Lula deve retornar ao Brasil na própria terça-feira, com previsão de chegada a Brasília na quarta (18). A Secretaria de Comunicação (Secom) não divulgou ainda a agenda do presidente para o restante da semana, que deverá ser um momento crítico para a economia nacional, especialmente com a deliberação do Comitê de Política Monetária do Banco Central sobre a taxa de juros.

No Congresso, a câmara dos deputados realizará sessões deliberativas, mas a presença dos parlamentares não será obrigatória. A urgência para o projeto de decreto legislativo 314/2025, que visa sustar o aumento das alíquotas do IOF, será um dos temas centrais. Este projeto, de autoria do deputado Zucco (PL-RS), deverá ser debatido, embora o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tenha declarado que o clima não é favorável para aprovar aumento de impostos.

Além da urgência, outros 15 itens estarão na pauta hoje e na terça-feira, destacando-se o PL 4626/2020, que propõe um aumento nas penas para abandono de pessoas com deficiência ou incapazes, com emendas que aumentam a pena máxima para até 14 anos de reclusão em casos de morte da vítima. O ambiente político em Brasília, portanto, promete ser intenso e cheio de importantes decisões às vésperas do feriado.

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