Reunião com Big Techs e Representantes dos EUA

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, revelou que um representante do governo dos Estados Unidos esteve presente em uma reunião realizada nesta terça-feira, 29 de julho, com líderes de grandes empresas de tecnologia. Alckmin, que está à frente das negociações com o setor empresarial brasileiro, busca soluções para a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.

Na segunda-feira, Alckmin conversou com o secretário de Comércio dos EUA, Lutnick, e mencionou que teria um encontro com as big techs. “Ele pediu que um representante dele pudesse participar, e assim foi feito”, confirmou o vice-presidente. No entanto, Alckmin não divulgou a identidade do representante norte-americano presente na reunião que contou com a participação de empresas como Meta, Google, Amazon, Apple, Visa e Expedia.

Durante o encontro, os representantes das big techs apresentaram diversas questões a serem discutidas, incluindo segurança jurídica, inovação tecnológica e ambiente regulatório. Como resultado da reunião, foi decidida a criação de uma mesa de trabalho que se dedicará a abordar as preocupações levantadas pelas empresas do setor.

Uma nova alíquota proposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está programada para entrar em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto. Trump justificou essa medida como uma resposta ao que ele classificou como “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta processos judiciais.

Geraldo Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, tem liderado as negociações desde abril, quando Trump anunciou uma alíquota inicial de 10% para a importação de produtos brasileiros. No mesmo dia da reunião com as big techs, Alckmin se reuniu com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, um notável exportador de aço, pescado e máquinas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que está desenvolvendo um plano de contingenciamento que visa mitigar os impactos da nova alíquota. Haddad enfatizou que o objetivo é proteger empregos em diversos setores, mas ressaltou que a implementação do plano depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em relação ao plano de contingenciamento, Alckmin destacou que a discussão sobre essa estratégia só será relevante caso a nova alíquota de fato entre em vigor, uma situação que, segundo ele, ainda está sendo evitada. “Estamos trabalhando para que a redução da alíquota beneficie todos. Não faz sentido ter uma alíquota de 50% para um país que é um grande parceiro comercial. Temos uma balança comercial favorável”, enfatizou Alckmin.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou que pretende responder à nova tarifa de Trump por meio da Lei da Reciprocidade Econômica, que dá ao Brasil a autoridade para tomar medidas comerciais em resposta a ações unilaterais de outros países ou blocos econômicos.

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