Estratégia de Contenção em Análise

Na última segunda-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um plano de contingência elaborado para apoiar empresas atingidas pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o responsável por apresentar essa estratégia e reafirmou que o Brasil não planeja desistir das negociações, priorizando sempre o diálogo para reverter essa medida.

O plano, que envolve a colaboração dos Ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Relações Exteriores e a Casa Civil, agora está sendo avaliado por Lula. O presidente terá a palavra final, especialmente se os Estados Unidos não decidirem adiar a implementação da tarifa, programada para entrar em vigor na próxima sexta-feira (1º).

“Hoje, nós mergulhamos nesse assunto. Todos os cenários possíveis já foram apresentados ao presidente [Lula]. No entanto, ainda não temos uma decisão a tomar, já que a postura dos Estados Unidos no dia 1º permanece incerta. O fundamental é que o presidente está ciente de todas as possibilidades delineadas pelos quatro ministérios”, comentou Haddad, que não forneceu detalhes específicos sobre o plano de socorro.

Mesmo com o plano de contingência em discussão, Haddad ressaltou que a prioridade do governo brasileiro é continuar o diálogo com os Estados Unidos. Mais cedo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, revelou que o governo brasileiro está mantendo conversas “com reserva” com as autoridades estadunidenses.

“Nós decidimos apresentar a Lula o plano de contingência, abrangendo todas as opções disponíveis para o Brasil e para ele como presidente. O foco continua nas negociações”, afirmou Haddad em coletiva com jornalistas ao deixar o ministério na noite de segunda.

O ministro da Fazenda enfatizou que Alckmin está em “contato contínuo e sempre disponível” para dialogar com as autoridades dos EUA. “A prioridade, conforme a diretriz do presidente, é negociar e tentar evitar ações unilaterais. No entanto, independentemente da decisão que os Estados Unidos possam tomar, permaneceremos abertos para negociações”, reiterou Haddad.

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