A professora temporária da Escola Classe (EC) 308 Sul, Thallyta da Silva de Almeida, de 29 anos, foi presa em flagrante nesta segunda-feira, 24 de junho, sob a acusação de furto mediante fraude. Essa não é a primeira vez que Thallyta se envolve em atividades ilícitas; em 2024, ela já havia sido detida pelo mesmo crime enquanto estagiava em órgãos do governo federal. As investigações revelam que a docente se aproveitava da confiança de seus colegas, fotografando os cartões de crédito de outros funcionários e utilizando indevidamente essas informações para realizar compras em diversos sites online.

O caso, que está sob investigação da 1ª Delegacia de Polícia da Asa Sul, gerou grande repercussão na comunidade escolar e entre as autoridades. Durante a abordagem, os policiais apreenderam com Thallyta um iPhone 13, além de uma garrafa térmica e uma bolsa de academia, itens que indicam um estilo de vida voltado para a prática de atividades físicas. Os investigadores descobriram que a professora agia de maneira astuta, aproveitando-se da distração de suas vítimas para retirar cartões de crédito de suas bolsas, fotografá-los e, assim, obter os dados necessários para realizar transações financeiras fraudulentas.

Em 2023, Thallyta já havia cometido crimes semelhantes contra pelo menos quatro vítimas, realizando compras em lojas da Asa Norte e em plataformas digitais. As denúncias foram feitas por colegas que perceberam que seus cartões de crédito estavam sendo utilizados sem autorização em estabelecimentos como Live, Under Armour e Amor de Peça. A situação se agravou quando as vítimas notaram que a professora havia postado fotos em suas redes sociais exibindo novas roupas dessas marcas, evidenciando o uso indevido das informações financeiras.

A investigação revelou que os produtos adquiridos indevidamente foram entregues no endereço de Thallyta, localizado em Santa Maria, o que facilitou a identificação da autora do crime. Com as provas coletadas, as vítimas foram instruídas a permanecer vigilantes e a reportar qualquer nova tentativa de compra não autorizada, permitindo que a polícia agisse rapidamente.

O ponto de virada ocorreu quando uma das vítimas identificou uma tentativa de compra no valor de R$ 946,14 em um site, o que levou à nova denúncia à polícia. Thallyta foi imediatamente detida e levada à 15ª Delegacia de Polícia, situada no Ceilândia Centro. Durante a investigação, confessou seus atos e, em seu celular, os policiais encontraram as fotos dos cartões de crédito das vítimas, o que corroborou ainda mais a sua culpabilidade. Na residência da professora, a polícia também apreendeu várias peças de roupas adquiridas fraudulentamente, que foram devolvidas às respectivas lojas.

Após esse episódio, Thallyta foi novamente detida sob a acusação de tentativa de estelionato, mas conseguiu ser liberada após o pagamento de uma fiança no valor de R$ 1.412. Essa situação levanta importantes discussões sobre a segurança financeira e a proteção de dados pessoais no ambiente de trabalho, especialmente em instituições educacionais.

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) respondeu ao caso com um posicionamento claro. Em nota, a pasta afirmou que, assim que tomou conhecimento da situação, tomou as providências necessárias para lidar com a questão. O vínculo de Thallyta com a escola foi encerrado imediatamente após sua prisão, conforme os procedimentos administrativos previstos para situações dessa natureza. A SEEDF destacou que está acompanhando o caso e permanece à disposição das autoridades competentes para colaborar com qualquer investigação adicional que se faça necessária.

Esse episódio serve como um alerta para a importância de se manter a segurança dos dados pessoais e financeiros, tanto em ambientes de trabalho quanto na vida cotidiana, e ressalta a necessidade de uma maior conscientização sobre fraudes e como se proteger delas. A confiança em colegas de trabalho deve ser acompanhada de cautela, e medidas preventivas devem ser adotadas para evitar que situações como essa voltem a ocorrer.

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