Expansão do emprego Formal no Brasil
No primeiro semestre de 2024, o Brasil registrou a abertura de 1,22 milhão de novas vagas de emprego formal, conforme os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (4/8) pelo Ministério do Trabalho e emprego (MTE). Este desempenho é o melhor para o período desde 2021, quando o país alcançou a marca de 1,48 milhão de novas contratações.
O saldo que reflete essa evolução é resultado de 13.903.526 admissões contra 12.680.935 desligamentos. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram criadas 1,31 milhão de novas vagas, o crescimento representa um recuo de 6,8%.
Implementação do Novo Caged
Desde janeiro de 2020, o MTE introduziu um novo sistema para monitorar o emprego formal no Brasil, substituindo o antigo Caged pelos dados provenientes do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para várias empresas. Contudo, entidades públicas e organizações internacionais que contratam profissionais com carteira assinada ainda precisam reportar informações pelo Caged.
O Novo Caged permite a consolidação de dados do eSocial, do Caged e do Empregador Web, oferecendo um acompanhamento mais detalhado da evolução do emprego formal, com insights sobre a distribuição geográfica, setorial e ocupacional, além de informações relacionadas a gênero e faixa etária.
Desempenho de Junho: Setores e Estados
Focando no mês de junho, foram abertas 166.621 novas vagas com carteira assinada, refletindo um crescimento de 8,77% em relação a maio, que teve 153.184 novas contratações, apesar de uma diminuição de 19,2% em comparação com junho de 2024, quando foram criados 206.310 postos. Essa marca se coloca como o terceiro pior resultado mensal em seis anos. O mínimo histórico foi registrado em junho de 2020, com um fechamento de 53.403 empregos.
Os dados indicam que todas as cinco grandes áreas econômicas apresentaram crescimento no mês passado. Os setores que se destacaram foram serviços, comércio e indústria. Confira a variação nas contratações:
- Serviços: 77.057 postos
- Comércio: 32.938 postos
- Agropecuária: 25.833 postos
- Indústria: 20.105 postos
- Construção: 10.665 postos
De acordo com o levantamento do Novo Caged, 26 das 27 unidades federativas do país apresentaram resultados positivos em junho, com destaque especial para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Análise do Salário Médio
O salário médio real em junho foi de R$ 2.278,37, com um aumento de R$ 24,48, ou seja, 1,09%, em comparação a maio, quando o valor era de R$ 2.253,89. Na comparação com junho do ano anterior, houve um ganho real de R$ 28,76, resultando em um crescimento de 1,28%. Para os trabalhadores classificados como típicos, o salário médio foi de R$ 2.321,86, um aumento de 1,91% em relação à média geral, enquanto os trabalhadores não típicos apresentaram um salário médio de R$ 1.969,66, 13,5% inferior à média.