Indignação e Atrasos em Brasília
Passageiros que aguardavam o embarque de um voo com destino ao Rio de Janeiro enfrentaram um longo período de espera no Aeroporto Internacional de Brasília, desde a noite de segunda-feira, 22 de setembro. O voo Latam 3413, que veio de Cuiabá com conexão em Brasília, chegou às 21h12. Desde então, os viajantes passaram a madrugada sem informações sobre a situação, o que resultou em uma fila de espera no lobby do aeroporto.
Wallace Ribeiro Ferreira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos afetados, expressou a frustração pela falta de comunicação da companhia aérea. Apenas às 6h30 da manhã de terça-feira, 23 de setembro, recebeu atualizações sobre um novo horário de embarque, agora previsto para as 14h25, com o voo Latam 3786.
O cenário no aeroporto se agravou devido a fatores climáticos. Segundo a Inframerica, a operadora do Aeroporto de Brasília, as chuvas intensas em São Paulo na segunda-feira prejudicaram a logística de vários voos.
“As fortes chuvas que ocorreram na região de São Paulo impactaram a chegada e a partida de alguns voos no Aeroporto de Brasília. Registramos 28 partidas atrasadas e 33 pousos com atraso na capital federal”, informou a administração do aeroporto em comunicado.
A Latam também se pronunciou, explicando que os cancelamentos e desvios foram resultado das tempestades em São Paulo. “Informamos que, devido às fortes chuvas na capital paulista nos dias 22 e 23, indícios totalmente fora do controle da companhia, alguns voos de/para os aeroportos de Congonhas e Guarulhos foram afetados”, ressaltou a empresa em nota.
Adequações Necessárias e Descaso com os Passageiros
O professor Ferreira também criticou a falta de apoio da Latam durante a situação. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os passageiros têm direitos em casos de cancelamento, incluindo reacomodação, o que segundo relatos não ocorreu nesta situação.
Ferreira afirmou que, durante a espera, os passageiros solicitaram hospedagem, mas a companhia negou o pedido. Embora tenham recebido um voucher de alimentação, o mesmo era aceito apenas em estabelecimentos que já estavam fechados na praça de alimentação do aeroporto.
“Essa situação é um desrespeito total aos clientes da Latam”, afirmou Wallace, referindo-se ao descaso enfrentado pelos passageiros. O professor, como muitos outros viajantes, se sentiu deixado à mercê da situação.
Em nota, a Latam reiterou que está oferecendo a assistência necessária aos passageiros e pediu que os afetados consultem o status de seus voos na seção ‘Minhas Viagens’ no site da companhia. “A LATAM reafirma seu compromisso com a segurança e adota todas as medidas técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos”, concluiu.