Vereadora Expõe Desconforto com Demandas em Horário de Lazer
A vereadora Fernanda Bitenco, do município de Ponte Nova (MG), gerou um alvoroço nas redes sociais ao compartilhar um vídeo em que desabafa sobre as cobranças feitas pela população em seu tempo de descanso. Identificada pelo seu partido, Agir, a parlamentar expressou sua indignação ao ser abordada em momentos em que gostaria de desfrutar de atividades pessoais, como uma simples visita à feira local.
No vídeo, Fernanda considera ‘uma falta de respeito’ ser contatada fora de seu horário de trabalho para resolver questões que, segundo ela, muitas vezes poderiam aguardar até a segunda-feira. “Quando ligam a respeito de um velório ou para conseguir um ônibus, isso é compreensível. Mas ser chamada para resolver situações que não urgem, enquanto estou na feira, não faz sentido”, defendeu.
A vereadora também ressaltou a dificuldade em fiscalizar as obras da prefeitura em fins de semana, já que os funcionários públicos não estão em atividade nesses dias. “As obras são de segunda a sexta, e a prefeitura só começa a atender a partir de meio-dia. Vocês entendem onde quero chegar?”, questionou, em tom de desabafo.
Durante sua fala, a parlamentar demonstrou frustração ao afirmar que precisa de tempo para cuidar de si mesma. “Eu tenho que respirar! Estou na feira e vem alguém com um assunto que só pode ser resolvido na segunda-feira. Não tem necessidade disso. Tenho minhas obrigações pessoais: lavar roupa, preparar comida, cuidar dos meus filhos. Sou mãe, sou mulher, sou gente”, enfatizou, em um apelo por mais compreensão da população.
Além disso, a vereadora mencionou sua rotina e a pressão que sente ao receber demandas constantes. Ela afirmou que a sobrecarga de responsabilidades a impede de se cuidar adequadamente. “Eu preciso dar conta das minhas partes íntimas, preciso me depilar. Mas todo momento tem alguém que vem com demandas que, sinceramente, poderiam ser evitadas”, finalizou.
A coluna entrou em contato com Fernanda Bitenco e a Câmara Municipal de Ponte Nova, em busca de um posicionamento sobre a repercussão do vídeo, mas até o encerramento desta reportagem não obtivemos retorno.
