A UE busca soluções enquanto Trump se mantém firme nas tarifas
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou no último domingo (13/7) que o bloco europeu vai manter a suspensão das medidas de retaliação contra as tarifas dos Estados Unidos até o início de agosto. Essa decisão visa abrir espaço para um possível acordo negociado entre as partes envolvidas.
A declaração de Ursula surge logo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter revelado a imposição de tarifas de 30% sobre as exportações do México e da União Europeia para o território americano, que passarão a vigorar em 1º de agosto.
“Os Estados Unidos nos enviaram uma carta informando que as novas tarifas entrarão em vigor, a menos que uma solução negociada seja alcançada. Portanto, decidimos estender a suspensão das nossas represálias até o início de agosto”, declarou a presidente da Comissão Europeia, durante uma coletiva de imprensa.
tarifas severas e seus impactos
Desde segunda-feira (7/7), Trump começou a notificar oficialmente os países afetados pela implementação de tarifas unilaterais sobre a importação de bens e produtos. Com as novas tarifas direcionadas ao México e à UE, 24 aliados comerciais foram taxados, exacerbando tensões nas relações comerciais internacionais.
O Brasil, segundo informações, foi um dos países mais atingidos pela sanção comercial, enfrentando uma tarifa de 50%. O governo brasileiro expressou sua posição de defender a soberania nacional, demonstrando abertura para negociações com os EUA. Vale destacar que todas essas tarifas entrarão em vigor a partir de 1º de agosto.
Ursula von der Leyen enfatizou que, mesmo com a suspensão temporária das represálias, a União Europeia “continuará a se preparar para novas contramedidas, para garantir que estejamos prontos para qualquer eventualidade”. Ela publicou sua declaração na rede social X.
Durante a coletiva, Ursula reafirmou que um caminho para a solução está sendo explorado por meio de negociações e que a UE pretende utilizar o tempo disponível até o início de agosto para chegar a um consenso.
Além disso, a presidente da Comissão Europeia destacou que a União está “preparada e capaz de implementar contramedidas, se necessário”. Na véspera (12/7), ela havia manifestado que o bloco europeu continuaria buscando um acordo com os Estados Unidos, ao mesmo tempo que criticou as novas tarifas e deixou em aberto a possibilidade de medidas proporcionais de retaliação.
Uma ofensiva protecionista sob alegações de equilíbrio comercial
Na manhã de sábado, Trump anunciou as tarifas de 30% sobre as exportações do México e da União Europeia, com a previsão de implementação para 1º de agosto. Essa estratégia se insere em um contexto mais amplo de protecionismo adotado pelo presidente republicano, que alega buscar corrigir desequilíbrios comerciais que, segundo ele, têm prejudicado a economia norte-americana.
A lista de países afetados pelo tarifaço de Trump é extensa, levantando preocupações sobre o impacto nas relações comerciais globais e sobre a possibilidade de retaliações por parte dos países atingidos.