Encontro Privado Para Debater Tarifas Americanas

Na manhã desta terça-feira (15), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou de um encontro fechado no Palácio dos Bandeirantes. A reunião, que durou cerca de duas horas e meia, reuniu aproximadamente 20 empresários dos setores industrial e do agronegócio, para discutir os efeitos das tarifas sobre produtos brasileiros, recentemente anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O acesso foi restrito, e apenas alguns assessores do governo puderam acompanhar. Entre os presentes estavam representantes dos setores de café, cana-de-açúcar e madeira, além do encarregado de negócios da embaixada americana, Eduardo Escobar. Também participaram o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima, e Paulo Skaf, ex-presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que teve um papel fundamental na articulação do encontro.

Silêncio Após a Reunião e o Cenário Nacional

A imprensa não teve acesso a declarações após o término da reunião, e tanto Tarcísio quanto os empresários decidiram evitar entrevistas. A Secretaria de Comunicação do Governo de São Paulo também se manteve em silêncio sobre o evento.

O encontro coincidiu com a programação do governo federal, que agendou reuniões com empresários em Brasília para discutir a crise gerada pelo tarifaço. Este movimento vem sendo visto como uma estratégia de Tarcísio, potencial candidato à presidência nas próximas eleições, para se firmar como um negociador ativo em meio à instabilidade econômica, especialmente após sua reunião anterior com Eduardo Escobar, na última sexta-feira (11).

Reações e Críticas de Eduardo Bolsonaro

Na mesma terça, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a criticar a postura de Tarcísio. Ele comentou em sua conta no X que, se o governador estivesse realmente atento à indústria e ao comércio do país, defenderia o fim do regime de exceção que, segundo ele, ameaça a economia brasileira e as liberdades individuais. “Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda”, disparou Eduardo, referindo-se à visão do governador.

A crítica se seguiu a uma entrevista recente de Tarcísio à CNN, na qual ele refutou as acusações de Eduardo. Exatamente um dia antes, na segunda-feira (14), Eduardo já havia manifestado sua desaprovação sobre a reunião de Tarcísio com o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, que novamente esteve presente no encontro desta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes.

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