Comportamento Polêmico na UTI do Hospital de Base

No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), um incidente envolvendo a supervisora Fernanda Melo chocou as equipes de enfermagem. Ao chegarem à sala de descanso, técnicas de enfermagem da unidade de terapia intensiva (UTI) encontraram suas roupas jogadas no chão. Segundo relatos das profissionais, a gestora teria despejado as vestimentas no piso, alegando que ‘isso aqui não é hotel’.

Uma técnica que preferiu não se identificar expressou sua indignação: ‘Ela chegou no repouso afirmando que aqui não era hotel’. As enfermeiras informaram que Fernanda teria ordenado a retirada não apenas das roupas, mas também dos lençóis dos leitos na sala de descanso, chegando a levantar a voz. Inicialmente, a supervisora mostrava-se contrária à prática de marcação de camas na área de descanso.

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) se pronunciou sobre o ocorrido, destacando que acompanha de perto todas as manifestações feitas por colaboradores e sindicatos. Fernanda Melo faz parte do quadro de funcionários do instituto há apenas 51 dias, tendo sido admitida em 6 de agosto de 2025, e está alocada no Hospital de Base desde sua entrada.

Uma das técnicas de enfermagem desabafou sobre a situação: ‘Isso é um absurdo. É uma falta de respeito tirar nossas coisas da cama e jogar no chão’. Por meio de mensagens no WhatsApp, a supervisora também solicitou que as roupas fossem retiradas, afirmando que tomaria a iniciativa se a ordem não fosse cumprida, reiterando a frase: ‘Isso aqui não é hotel’.

Assim que a situação foi reportada, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF) entrou em contato com o Iges-DF, pedindo a remoção da gestora do setor. Segundo Josy Jacob, diretora do sindicato, ‘a supervisora que cometeu esse ato foi suspensa por uma semana, mas já está de volta ao trabalho. Solicitamos que ela não retorne ao mesmo setor, já que não há possibilidade de demissão. Não consideramos adequado que ela volte a trabalhar no mesmo ambiente’. Para o sindicato, o caso configura um episódio de assédio.

O Iges-DF, além de monitorar as manifestações, afirmou que adotou imediatamente os procedimentos internos para investigar o caso, respeitando as normas institucionais e trabalhistas. A supervisora foi orientada e recebeu as sanções disciplinares necessárias.

Justificativa da Supervisora e Compromisso com um Ambiente de Trabalho Saudável

De acordo com o instituto, a decisão da supervisora foi motivada pelo desejo de preservar o bem-estar coletivo dos colaboradores. ‘A reserva de camas impacta diretamente no atendimento de outros profissionais que necessitam do espaço’, argumentaram.

Atualmente, a colaboradora permanece vinculada ao Hospital de Base e exerce suas funções sob supervisão da gestão. O Iges-DF reafirmou seu compromisso em manter um ambiente de trabalho saudável, respeitoso e ético, ressaltando que atuará de forma rigorosa para garantir a valorização de todos os profissionais envolvidos.

Busca por Respostas

O portal Metrópoles tentou entrar em contato com Fernanda Melo, que não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para que a supervisora possa expor sua versão dos fatos.

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