Tragédia no Hospital Municipal de Pedreira

A família de uma recém-nascida, que morreu aos nove dias de vida, acusa o Hospital Municipal de Pedreira, no interior de São Paulo, de negligência médica. O triste episódio ocorreu na última quarta-feira, 16 de julho, e gerou grande comoção na comunidade local.

Maitê Cristina de Carvalho, que nasceu em 7 de julho, apresentava cólicas constantes desde o seu nascimento. Segundo seu pai, que procurou a Polícia para relatar a situação, a bebê foi levada a hospitais nas semanas anteriores, mas foi liberada sem a devida assistência. Na madrugada do dia 16, os pais levaram a menina novamente ao hospital, mas, surpreendentemente, foram informados de que ela poderia ir para casa.

Por volta das 11h, os pais perceberam que a boca da bebê estava roxa e retornaram ao hospital, onde foi identificado um possível engasgo. A mãe, Mayara Cristina Bassan, descreveu a angústia de sua experiência. Ela disse que chegou ao hospital por volta da meia-noite, mas não passou por uma consulta médica. Na triagem, foi informada que a filha apenas apresentava cólicas e que deveria realizar massagens na criança. Mayara revelou que recebeu orientações para retornar para casa com a bebê e, no dia seguinte, levar a criança a um pediatra.

“Voltei para casa com ela, amamentei e fomos descansar às 3h30. Acordei às 7h e ela estava bem, então voltei a dormir. Quando acordei às 11h, encontrei-a quente, mas com a boca roxa. Meu marido saiu correndo para o posto, e só encontrei minha filha no hospital novamente, mas sem vida”, contou Mayara, em relato emocionado.

Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o óbito da bebê foi confirmado pela manhã. Um exame pericial foi solicitado ao Instituto Médico Legal (IML) para investigar as causas da morte. O caso foi registrado como ostensivamente suspeito e está sob a investigação da Delegacia de Pedreira.

A Fundação Beneficente de Pedreira (FUNBEPE), que gerencia o hospital, emitiu uma nota afirmando que a criança chegou à unidade de saúde já sem vida e que tentaram reanimá-la, mas sem sucesso. “Informamos que todas as notificações necessárias aos órgãos competentes foram feitas para apuração da causa da morte e eventuais intervenções necessárias. A Fundação expressa sua solidariedade aos familiares pelo ocorrido”, destaca a nota.

Este triste evento levanta questões sobre a qualidade do atendimento médico na região e a necessidade de uma investigação rigorosa para garantir que tragédias como essa não se repitam. Os familiares de Maitê buscam respostas e justiça diante da dor irreparável que enfrentam.

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