**Avanço da Moagem da safra Brasileira e Expectativas de Produção Aumentadas**

A moagem da safra de açúcar no brasil continua a avançar, e as expectativas em torno dos dados de produção e produtividade estão se mostrando mais promissoras do que se imaginava anteriormente. No cenário internacional, o mercado do açúcar apresentou uma acentuada tendência de baixa, especialmente na bolsa de nova iorque, onde os preços caíram mais de 2%, colocando em risco a manutenção dos 16 cents por libra-peso. Este desempenho negativo ocorreu na terça-feira, 17, e resultou em uma reversão significativa dos ganhos obtidos na sessão anterior.

Os preços do açúcar enfrentaram quedas acentuadas, com as principais cotações em nova iorque registrando recuos em torno de 2%, enquanto em londres os números foram ainda mais expressivos, com uma baixa de 3%. Essa pressão sobre os futuros do açúcar pode ser atribuída a uma expectativa de oferta robusta, em um contexto onde a demanda está enfraquecida. Segundo Marcelo Filho, um analista especializado em inteligência de mercado da Stonex, a diminuição da procura pelo produto nos principais mercados compradores tem um papel crucial na pressão sobre os preços. Ele observa que, em 2024, houve um aumento significativo nas compras, resultando em estoques elevados por parte dos importadores, que agora se mostram mais cautelosos, aguardando a queda dos preços para novas aquisições.

O primeiro trimestre de 2025 evidenciou uma importação reduzida pelos principais países compradores, como China, Indonésia, Marrocos e Irã, o que contribuiu para a sensação de estabilidade no mercado, mas também indica um cenário de baixa atividade na demanda. Filho ressalta que, embora o Centro-Sul do brasil não tenha apresentado volumes recordes na oferta, a queda nos preços reflete a fraqueza nas negociações, resultando em uma demanda de importação que se encontra inativa no momento, mas que pode ressurgir se os preços continuarem em baixa.

Adicionalmente, o analista destaca o relatório da Unica, divulgado na segunda-feira, que trouxe dados mais otimistas sobre a produção na segunda quinzena de maio. Este relatório pode, de fato, amenizar as expectativas negativas que têm permeado o mercado nos últimos anos. Segundo Filho, a tendência de uma safra menos favorável tem se repetido por três safras consecutivas, mas as informações recentes sugerem que, neste ano, a safra pode ser mais significativa do que o esperado.

No mercado de nova iorque, os contratos de açúcar para julho de 2025 encerraram o dia com uma queda de 0,44 cents, equivalente a 2,66%, fechando em 16,08 cents por libra-peso. O contrato para outubro de 2025 perdeu 0,43 cents (2,54%), sendo cotado a 16,51 cents/lbp. Já o contrato para março de 2026 registrou uma baixa de 0,41 cents (2,34%), sendo negociado a 17,10 cents/lbp. O contrato para maio de 2026 também apresentou um recuo de 0,38 cents (2,23%), fechando em 16,69 cents/lbp.

Na bolsa de londres, o panorama foi semelhante, com uma queda generalizada nos contratos. O contrato para agosto de 2025 foi negociado a US$ 465,30 por tonelada, resultando em uma baixa de 1.450 pontos (3,02%). O contrato para outubro de 2025 caiu 1.030 pontos (2,19%), estabelecendo-se em US$ 460,70/tonelada. O contrato de dezembro de 2025 teve uma diminuição de 880 pontos (1,88%), cotando-se a US$ 459,70/tonelada. Por fim, o contrato para março de 2026 terminou o dia com um recuo de 800 pontos (1,70%), fechando em US$ 463,50/tonelada.

Em resumo, a moagem da safra brasileira de açúcar avança, com dados sobre produção e produtividade que podem surpreender positivamente, mesmo em um cenário internacional que apresenta desafios. O mercado está atento a essas dinâmicas, pois a combinação de oferta robusta e demanda inativa pode moldar os preços futuros do açúcar, tanto no brasil quanto no exterior. Acompanhar essas tendências será crucial para produtores, importadores e investidores que atuam nesse setor vital.

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