O agronegócio brasileiro tem se destacado como um líder na busca por soluções inovadoras que integrem produtividade e sustentabilidade. Um dos caminhos mais promissores para essa transformação é a crescente adoção de combustíveis alternativos nas máquinas agrícolas, que contribui para um setor agrícola mais eficiente e ambientalmente responsável.
O Brasil possui uma matriz energética privilegiada, com o etanol já solidificado como uma alternativa viável na mobilidade urbana, além de seu imenso potencial no campo. O biometano, que é gerado a partir de resíduos de usinas de milho e cana-de-açúcar, também emerge como uma alternativa estratégica. Por ser sustentável, o biometano pode ser produzido diretamente nas propriedades rurais, aumentando a segurança energética dos agricultores e reduzindo a dependência da flutuação dos preços do diesel.
Na AGCO, temos um compromisso firme em liderar essa transição energética, adotando uma abordagem centrada no agricultor e apoiada pela inovação tecnológica. Nosso objetivo é descarbonizar a agricultura de maneira viável e eficiente. Hoje, nossas máquinas estão equipadas com motores eletrônicos que atendem aos padrões mais rigorosos de emissões, como o MAR-1. Além disso, já estamos avançando para a próxima fase, o MAR-2, que tem como foco a redução de óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado liberado durante a queima do combustível, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do ar.
Nossa equipe de engenharia está totalmente dedicada ao desenvolvimento de máquinas que operem com combustíveis renováveis. Contudo, a transição energética exige mais do que simplesmente a troca de combustíveis; a viabilidade dessa mudança depende de um ajuste minucioso em cada componente da máquina, incluindo transmissões, sistemas hidráulicos, refrigeração e eletrônica embarcada. Essa reengenharia é fundamental para garantir que as máquinas sejam eficientes e possam operar de forma eficaz com novas fontes de energia.
Entretanto, a infraestrutura ainda representa um desafio significativo. Para que o biometano se torne uma opção prática e acessível, é necessário que os agricultores invistam em biodigestores, além de sistemas de armazenamento e transporte de gás. A AGCO tem colaborado com clientes estratégicos para superar esses desafios, oferecendo consultoria técnica e desenvolvendo soluções adequadas para a implementação desses sistemas.
É importante destacar que o produtor rural brasileiro é cauteloso em seus investimentos e busca sempre garantir segurança e retorno. Por isso, mantemos parcerias com grandes agricultores, realizando testes em campo em condições reais de operação. Esses testes incluem análises detalhadas de desempenho, consumo, durabilidade e viabilidade econômica das novas tecnologias.
Outro aspecto crucial desta transição é o treinamento. À medida que a tecnologia avança rapidamente, é essencial que os agricultores e suas equipes estejam capacitados para operar esses novos sistemas. Nossos programas de treinamento e suporte pós-venda são componentes essenciais dessa jornada, pois garantem que os agricultores compreendam e dominem as novas tecnologias, permitindo que extraiam o máximo benefício delas.
Diante disso, a transição energética no agronegócio é inevitável. Estamos presenciando avanços significativos na mistura de biodiesel com o diesel convencional, com a expectativa de alcançar o B20 nos próximos anos. Além disso, espera-se que o uso de etanol em máquinas agrícolas aumente consideravelmente. A AGCO está se preparando para todos esses cenários, desenvolvendo soluções que promovam uma matriz energética agrícola diversificada e resiliente.
O Brasil tem todas as condições para se tornar um protagonista nesse contexto. Um agronegócio mais limpo, eficiente e inovador não é apenas benéfico para os produtores, mas também para o planeta e para a sociedade como um todo. Portanto, a busca por alternativas sustentáveis deve continuar, pois é essencial para garantir um futuro próspero e sustentável para a agricultura brasileira. A união de tecnologia, inovação e comprometimento com o meio ambiente é o caminho certo para um agronegócio que se alinha com as demandas do século XXI.