Julgamento Antecipado em Caso de assalto

O próximo dia 20 de novembro, às 16h30, marcará o julgamento de dois homens acusados de invadir a residência dos pais da influenciadora digital Bruna Biancardi, namorada do jogador Neymar. O crime, que ocorreu em 7 de novembro de 2023, em um condomínio de alto padrão em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, gerou grande repercussão na mídia. Embora um dos réus, Pedro Henrique dos Santos, esteja foragido, a Justiça decidiu avançar com o processo, levando em consideração a gravidade das acusações.

Durante a invasão, Pedro e Eduardo Seganfredo Vasconcelos, que é vizinho da família, estavam cientes de que a propriedade pertencia aos sogros do famoso atleta. No último dia 24, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) emitiu um despacho que mantinha a prisão da dupla, mesmo na ausência de Pedro, que continua foragido. O caso, que envolve aspectos sérios de segurança e criminalidade, levanta questões sobre a eficácia das medidas de proteção da Justiça.

Os Detalhes do Crime

Na audaciosa invasão, tanto Pedro quanto Eduardo, acompanhados de um terceiro indivíduo conhecido apenas como Europa, abordaram os pais de Bruna. Os criminosos questionaram as vítimas sobre a influenciadora e sua filha, Mavie, cujo pai é Neymar. Curiosamente, Bruna não estava presente na residência no momento do crime.

Os pais da influenciadora foram amarrados com cadarços de tênis e mantidos sob a vigilância dos assaltantes por aproximadamente 25 minutos. Durante essa ação criminosa, eles conseguiram roubar três bolsas de luxo, cada uma avaliada em cerca de R$ 20 mil, além de relógios e joias pertencentes a Bruna e sua filha.

A participação de três suspeitos foi confirmada: um vizinho que foi detido logo após o assalto, Pedro e o indivíduo chamado Europa, que até o momento não foi localizado pela polícia. Em 10 de novembro de 2023, o TJSP emitiu um mandado de prisão temporária contra Pedro, válido até 2033, indicando a seriedade com que o caso é tratado pela Justiça.

A Inexplicável Liberação de Pedro

Um fato que chamou a atenção foi a liberação de Pedro, mesmo com um mandado de prisão em andamento. Após ser interrompido pela Polícia Militar por estar utilizando um documento falso, o suspeito foi conduzido ao 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi) e posteriormente liberado. Ao ser questionado pela imprensa sobre essa decisão, o TJSP informou que a responsabilidade sobre a situação deveria ser esclarecida pela autoridade policial que optou por não manter a prisão.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) também se manifestou, revelando que, durante a rápida detenção, não foi encontrada nenhuma ordem judicial de prisão vigente contra Pedro, levando a uma discussão sobre a efetividade dos sistemas de consulta de prisioneiros. Essa situação levanta preocupações sobre a segurança pública e o gerenciamento de criminosos foragidos.

Por fim, a situação de Pedro se complicou ainda mais quando, em maio de 2024, um oficial de Justiça foi até sua casa e foi informado pela mãe do acusado que ele teria falecido. Contudo, sem apresentar qualquer documentação que confirmasse a morte, essa informação logo foi desmentida. Em uma nova abordagem policial em 19 de abril de 2024, foi confirmado que Pedro estava vivo, voltando à lista de foragidos da Justiça.

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