Influenciadora em Dificuldade Legal
A influenciadora digital Tainá Sousa foi detida pela Polícia Civil do Maranhão, sob suspeita de estar envolvida em uma assustadora “lista de execução” que continha nomes de indivíduos que ela considera desafetos. Essa lista, segundo informações da polícia, incluía pessoas que estão ativamente lutando contra jogos ilegais, especialmente o “Jogo do Tigrinho”, no qual Tainá é acusada de liderar um esquema que promove apostas ilegais e caça-níqueis online.
A indignação da influenciadora é atribuída às investigações que a colocam no centro das operações de um grupo que explora essas atividades ilícitas. Entre os nomes mencionados na lista, estão figuras como o deputado estadual Yglesio Moisés, o delegado Pedro Adão, que está à frente das investigações, e os jornalistas Luís Cardoso e Domingos Costa. A inclusão de Cardoso, que faleceu em abril deste ano, atraiu atenção significativa.
Nota de Repúdio da Assembleia Legislativa
A Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) emitiu uma nota oficial sobre a menção de Luís Cardoso, defendendo a liberdade de expressão e a memória do jornalista. A nota enfatizou que a menção ao nome de Cardoso na lista foi um ato de desrespeito, e expressou solidariedade aos familiares do jornalista. Segundo a nota, Tainá teria se referido à morte de Cardoso de maneira insensível, afirmando: “Um já foi, agora faltam os outros”, reforçando a suposta existência da lista de ameaçados.
A Alema também repudiou qualquer forma de violência e obstrução do trabalho da imprensa, destacando a importância de um ambiente seguro para jornalistas e comunicadores.
Operação ‘Dinheiro Sujo’
A prisão de Tainá ocorreu em meio à Operação “Dinheiro Sujo”, que visa combater atividades de jogos ilegais. No dia 30 de julho, a Polícia Civil já havia realizado uma ofensiva contra o grupo que a influenciadora lidera. A operação, coordenada pelo Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT), resultou em buscas em seis endereços, onde foram apreendidos bens avaliados em mais de R$ 11 milhões, incluindo veículos de luxo, uma moto aquática, e equipamentos eletrônicos.
Segundo o delegado Pedro Adão, os bens apreendidos estavam registrados em nome de terceiros e foram adquiridos com recursos obtidos por meio de práticas ilegais. A operação ainda revelou que o grupo usava redes sociais para atrair novas vítimas, prometendo lucros rápidos e fáceis, levando os seguidores a fazer depósitos em plataformas de apostas.
Continuação das Investigações
As investigações ainda estão em andamento, visando elucidar o papel de outros indivíduos envolvidos no esquema criminoso. O grupo pode enfrentar diversas acusações, incluindo contravenção penal, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Um especialista em crimes cibernéticos, que optou por permanecer anônimo, comentou: “Esse tipo de operação é crucial para desmantelar redes que exploram vulnerabilidades na sociedade, principalmente em relação a jogos de azar.”
Após a detenção de Tainá, seu perfil nas redes sociais, onde contava com cerca de 127 mil seguidores, desapareceu, levantando questionamentos sobre a continuidade de suas atividades e possíveis aliados. A situação da influenciadora é um reflexo das crescentes preocupações com a legalidade das apostas online e a segurança de jornalistas que investigam esses esquemas.