O Instituto de Gestão Estratégica de saúde do Distrito Federal (igesdf) alcançou um importante destaque ao ser reconhecido pela Controladoria-Geral da União (CGU) como uma das quatro instituições que atenderam plenamente os critérios de transparência determinados pelo órgão. Esse reconhecimento não apenas reforça a credibilidade do igesdf perante a sociedade e os representantes políticos, mas também evidencia o compromisso da entidade com práticas rigorosas de governança tanto no âmbito clínico quanto corporativo.
Na última quinta-feira (2), a CGU enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), revelando que somente 15% das organizações não governamentais (ONGs) que receberam emendas parlamentares demonstraram transparência em relação à utilização dos recursos financeiros. A análise abrangeu 26 ONGs entre as 676 que foram beneficiadas com verbas no período de 2020 a 2024. Dentre essas, o igesdf se destacou como uma das quatro instituições que forneceram informações sobre o recebimento e a aplicação dos recursos de maneira “acessível, clara, detalhada e abrangente” na internet.
De acordo com Mariana Diniz, chefe da Assessoria de Relações Institucionais (Asrei) do igesdf, esse reconhecimento é um reflexo direto da missão que o Instituto se propõe a cumprir. “A transparência é um dos pilares fundamentais na gestão de recursos públicos, especialmente no âmbito das emendas parlamentares. Essa validação confirma que estamos utilizando os recursos de forma adequada, promovendo confiança na sociedade e entre os parlamentares,” declarou Mariana.
O painel de transparência implementado pelo igesdf foi crucial para alcançar esse reconhecimento. Essa plataforma integra dados minuciosos sobre compras, contratos, entregas realizadas e ainda informações sobre o patrimônio e a localização dos equipamentos adquiridos ao longo de 2024. Apesar do desafio de consolidar dados de convênios federais de exercícios anteriores, o esforço levou à criação de uma ferramenta acessível, compreensível e completa.
O diretor-presidente do igesdf, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, destacou a importância da governança clínica, um modelo de gestão que ele tem trabalhado para fortalecer desde sua chegada ao comando do Instituto. “A governança clínica é um conceito que precisamos continuamente desenvolver para alcançar resultados positivos. Essa constatação da CGU valida que estamos nos direcionando corretamente,” afirmou o diretor-presidente, reconhecendo a necessidade de evoluir na capacitação profissional e na implementação de práticas eficazes para notificação e resolução de problemas.
Ele também fez uma analogia com a origem da governança clínica no Reino Unido, que emergiu em resposta à crise do sistema de saúde naquele país. “A governança clínica é estruturada em sete pilares que revolucionaram a gestão da saúde assistencial. No Brasil, iniciamos sua implementação em 2002, mas ainda temos um longo caminho a percorrer,” refletiu Juracy, enfatizando a importância do aprimoramento contínuo na área da saúde.
Com a validação da CGU, o igesdf planeja expandir suas iniciativas de transparência. Mariana Diniz acrescentou que “novas informações serão integradas ao nosso painel de transparência, com o objetivo de reforçar o controle e facilitar o acesso público aos dados.” Ela destacou ainda que, com uma maior confiança na aplicação dos recursos, os parlamentares podem ter a certeza de que estão contribuindo diretamente para a melhoria da saúde da população do Distrito Federal.
Essa jornada em direção à transparência é fundamental para o fortalecimento da íntegra administrativa e institucional do igesdf, bem como para a promoção de uma gestão mais responsável e comprometida com o bem-estar social. Com um compromisso duradouro com a transparência e a melhoria contínua, o igesdf se posiciona como um exemplo a ser seguido, refletindo um novo paradigma na gestão pública que prioriza a clareza e a responsabilização no uso de recursos destinados à saúde.