Governadores de Direita Manifestam Solidariedade

Os governadores de direita, incluindo Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), todos aliados de Jair Bolsonaro (PL), se manifestaram em apoio ao ex-presidente após a decretação de sua prisão domiciliar. A decisão foi proferida nesta segunda-feira, 4, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Esses líderes políticos, que buscam a herança dos votos do ex-chefe do Executivo nas eleições de 2026, criticaram a postura da Justiça e lamentaram os desdobramentos da situação.

Em uma mensagem postada em sua conta no X (antigo Twitter), Zema não hesitou em rotular a prisão como “mais um capítulo sombrio na história de perseguição política do STF“. Ele expressou sua solidariedade a Bolsonaro, afirmando que a decisão de Moraes se baseou na vontade de silenciar a voz do ex-presidente nas redes sociais.

A prisão domiciliar de Bolsonaro ocorreu após o ex-mandatário ter descumprido medidas cautelares que o impediam de utilizar redes sociais, mesmo através de contas de terceiros. No domingo, 3, Bolsonaro fez um discurso para manifestantes por meio de um telefonema com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que, por sua vez, compartilhou esse discurso online, o que gerou a reação judicial.

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, foi enfático ao criticar a prisão do ex-presidente. Em nota oficial, ele afirmou: “Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, o veredito já está dado”. Caiado expressou sua tristeza pelo que considera uma condenação prematura e ressaltou que o processo começou de forma errada, ao ser julgado em uma Câmara e não pelo Pleno do STF.

Eduardo Leite também se manifestou, afirmando que a ideia de um ex-presidente não poder se manifestar publicamente o incomoda. Ele ainda destacou que, desde a redemocratização, apenas um presidente escapou de ser preso ou sofrer impeachment, usando esse dado para criticar a polarização política que, segundo ele, tem atrasado o país. “Não discuto a legalidade da prisão, mas peço que a energia das autoridades não se concentre em eliminar adversários”, disse Leite.

Ratinho Júnior endossou os apelos por pacificação em sua declaração. O governador do Paraná disse que “briga não coloca mais comida na mesa do trabalhador” e que o Brasil precisa de união para avançar. Ele também criticou a postura da Justiça, clamando por um fortalecimento das instituições e harmonia entre os poderes, sem ativismo que comprometa o futuro do país.

Finalmente, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, chamou a atenção para o fato de que Bolsonaro foi condenado publicamente antes mesmo do início do processo judicial. Ele questionou: “Vale a pena acabar com a democracia?” De acordo com o governador, as acusações contra Bolsonaro são de uma tentativa de golpe que nunca aconteceu, descrevendo-as como crimes não comprovados. A situação levanta questões sérias sobre a liberdade de expressão e a integridade do sistema judicial.

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