O Governo do Distrito Federal (GDF) planeja intensificar ações e serviços essenciais nas diversas regiões administrativas em 2025, com o intuito de garantir a organização e a qualidade das cidades, além de minimizar os impactos das chuvas e prevenir focos de dengue. Essas estratégias foram discutidas em uma reunião realizada no Salão Nobre do Palácio do Buriti, sob a condução da governadora em exercício, Celina Leão, nesta quinta-feira (9).
De acordo com Celina Leão, “O Distrito Federal enfrenta dois períodos críticos: a seca, que provoca diversas queimadas, e a estação chuvosa, que traz desafios significativos e desgastes característicos dessa época.” Ela ressaltou a importância da zeladoria urbana, que inclui serviços de manutenção da iluminação pública, cuidados com calçadas e asfaltamento de ruas.
A governadora destacou que o planejamento estratégico para este ano foi abordado durante o encontro. “Estamos realizando um levantamento detalhado para assegurar que todas as regiões administrativas tenham a devida urbanização e cuidado. Essa foi uma solicitação às administrações regionais e aos secretários responsáveis pela zeladoria”, acrescentou.
O projeto foi elaborado pela Secretaria de Governo (Segov-DF) em colaboração com as administrações regionais. “Realizamos um levantamento com os administradores locais e suas equipes para identificar todas as necessidades a fim de melhorar a qualidade de vida nas cidades e atender à demanda da população. Este trabalho resultou em um sistema de monitoramento que acompanhará a eficácia do atendimento às requerências”, explicou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo.
Entre as iniciativas prioritárias está previsto um significativo investimento em recuperação asfáltica, com cerca de R$ 800 milhões destinados à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para a melhoria das vias de todo o DF. O presidente da Novacap, Fernando Leite, enfatizou que “a malha viária do Distrito Federal se divide entre vias principais e internas, sendo as últimas as que merecem maior atenção, uma vez que muitas delas estão há cerca de 30 anos sem qualquer intervenção.” Ele acrescentou que esse esforço de recuperação será coordenado pelas seis regionais criadas no ano passado, com o objetivo de otimizar o atendimento à capital federal.
Durante a mesma reunião, foi anunciada a ampliação das oportunidades de trabalho com a contratação de 500 pessoas em situação de restrição de liberdade para serviços de limpeza, pintura, capinagem e recapeamento. A Novacap também adquiriu 12 novos caminhões caçamba e 10 caminhões específicos para a limpeza de drenagens, além de equipamentos próprios da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística – DF Legal.
Além das ações mencionadas, a estratégia do GDF inclui a instalação de luminárias de LED por todo o Distrito Federal e a implementação de câmeras de monitoramento para aumentar a segurança pública. O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, trouxe à tona a teoria das janelas quebradas, que sugere que ambientes bem cuidados têm um impacto positivo na redução da criminalidade. “O cuidado com a zeladoria é uma peça central na diminuição desse tipo de ocorrência. Estamos avaliando áreas críticas, como parques abandonados e pontos de ônibus mal iluminados, que podem contribuir para a criminalidade”, afirmou.
No que diz respeito ao combate à dengue, o GDF implementou diversas medidas que mostraram resultados satisfatórios. Em 2025, os registros da doença apresentaram uma impressão de queda de 97,6% em relação ao ano anterior. O secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, destacou que “no ano passado enfrentamos a pior epidemia de dengue já registrada no Brasil, e o DF não ficou imune a isso. Avançamos consideravelmente nas práticas de zeladoria e continuaremos nesse caminho”.
Os investimentos em infraestrutura e limpeza urbana foram significativos, com mais de 1 milhão de toneladas de resíduos removidas, 800 km de rede de drenagem limpos pela Novacap, e a instalação de novas placas informativas e equipamentos de coleta. No quesito fiscalização, o DF Legal conduziu 21 mil ações, resultando em aproximadamente R$ 4 milhões em multas.
Adicionalmente, foram instaladas 4 mil armadilhas disseminadoras contra dengue, com 2 mil já em funcionamento, além de mais de 6 mil ovitrampas. A mobilização de agentes foi ampliada, com o número de Agentes de Vigilância Ambiental (AVAs) passando de 415 para 915, enquanto os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) aumentaram de 800 para 1.200, e os auditores passaram de 81 para 131, reforçando assim a resposta do GDF ao controle e prevenção da dengue em 2025.