O Governo do Distrito Federal (GDF), através da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), iniciou a implantação de calçadas na EQNP 8/12 do Setor P Sul, localizado em Ceilândia. Este projeto é uma extensão da rota acessível na Via P5, que conecta o Setor P Sul à Via N2 Sul, sendo um passo significativo para melhorar a mobilidade urbana na região. Com um investimento estimado em cerca de R$ 4 milhões, a iniciativa tem como objetivo não apenas aprimorar o deslocamento dos cidadãos, mas também promover maior acessibilidade para todos.

Desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Seduh-DF), o projeto Rota de acessibilidade se dedica a criar e adaptar as calçadas, garantindo que incluam rampas de acesso e travessias para pedestres. Além disso, a readequação dos estacionamentos está sendo realizada para atender às necessidades de mobilidade, especialmente focando em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com deficiência (PcDs). Nesse sentido, as calçadas acessíveis desempenham um papel fundamental na diminuição do risco de acidentes, proporcionando um ambiente mais seguro para todos os pedestres.

Juliana Manganelli, responsável pela coordenação de projetos na Seduh, ressalta a importância desse trabalho, afirmando que desde 2016 foram elaborados 147 projetos com rotas acessíveis. Segundo ela, essas intervenções não só garantem a acessibilidade às edificações, como escolas e terminais rodoviários, mas também promovem uma melhor qualidade de vida urbana, criando espaços mais amigáveis e estimulantes para caminhadas e atividades ao ar livre.

O projeto em execução em Ceilândia tem como foco principal assegurar que as pessoas com deficiência possam se deslocar com facilidade, eliminando barreiras físicas que dificultam o acesso aos principais serviços e equipamentos urbanos. A gestora enfatiza que essas ações são imprescindíveis para garantir os direitos de acessibilidade, que são fundamentais para uma sociedade justa e inclusiva.

Na Região Administrativa de Ceilândia, a rota acessível passará por áreas de grande circulação, onde mais de mil pessoas transitam diariamente, incluindo locais emblemáticos como o Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) e a rodoviária do P Sul. A presença de rampas, áreas de estacionamento adequadas, pisos táteis e outras adaptações será essencial para atender às necessidades de pessoas com deficiências visuais ou dificuldades de locomoção.

As obras começaram em julho deste ano e, até o momento, 2,6 quilômetros de calçadas já estão em fase de concretagem. Este projeto faz parte de um abrangente plano que prevê a construção de 19,6 quilômetros de calçadas acessíveis em Ceilândia até 2024. O administrador da região, Dilson Resende de Almeida, destaca que desde 2023 já foram entregues aproximadamente 30 quilômetros de calçadas. O projeto de reurbanização também considera a reorganização do espaço público, atendendo a detalhes importantes como o correto posicionamento das bocas de lobo.

Com uma população aproximada de 400 mil habitantes, Ceilândia passou a adotar, a pedido do governador, uma prioridade em acessibilidade. Dilson explica que áreas com invasões e locais deteriorados podem levar mais tempo para serem recuperados, mas a nova abordagem se preocupa profundamente com a inclusão de pessoas com deficiência. Marcas como sinais sonoros em semáforos e calçadas projetadas para promover uma mobilidade mais eficiente são algumas das inovações planejadas.

Morador antigo de Ceilândia, o aposentado Manuel Modesto de Lima, 69 anos, expressa sua satisfação com as mudanças observadas na cidade. Ele ressalta que, nos últimos anos, viu um aumento significativo nas obras de revitalização urbanas, tornando o espaço mais agradável para a população. “Acho ótimo. Andar de bicicleta aqui está melhor, tudo é muito limpo”, comenta, elogiando a melhoria nas condições de locomoção.

De igual forma, o aposentado Flávio Oliveira,proprietário de um quiosque no P Sul, destaca a importância das novas calçadas para a comunidade. “A reforma é muito necessária, especialmente para aqueles com mobilidade reduzida, como os cadeirantes. Temos um colégio próximo que atende crianças que precisam dessa infraestrutura, além da quadra de esportes,” afirma, reforçando a necessidade de continuar investindo em obras que beneficiem toda a população. A iniciativa representa um avanço significativo para a promoção da acessibilidade e a melhoria da qualidade de vida em Ceilândia, reafirmando o compromisso do GDF com uma cidade mais inclusiva e acessível para todos.

Share.
Leave A Reply

Exit mobile version