O Caso que Chocou Praia Grande
O proprietário da residência alugada em que ocorreu o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes se apresentou à polícia na madrugada deste domingo, 21. William Silva Marques, de 36 anos, se entregou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em São Paulo, acompanhado de seu advogado. O crime, que está vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), mantém três suspeitos foragidos, e as investigações continuam em andamento.
De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), William se tornou mais um dos envolvidos presos, seguindo a detenção de Dahesly Oliveira Pires, responsável pela obtenção de uma das armas utilizadas no crime, e Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, que ajudou na fuga dos assassinos. O terceiro indivíduo, Rafael Marcell Dias Simões, também conhecido como “Jaguar”, ainda não teve sua participação detalhada.
A residência de William, localizada a menos de 10 km do local do assassinato, foi alugada com a finalidade de servir como um “quartel-general” para os criminosos. A SSP confirmou que o irmão do suspeito, um policial militar, foi interrogado, mas seu envolvimento foi descartado. A busca por três outros suspeitos prossegue, e a SSP declarou que as diligências continuarão para esclarecer todas as circunstâncias do crime e responsabilizar os envolvidos.
O assassinato de Ruy Ferraz Fontes
O assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes ocorreu na noite de segunda-feira, 15, em Praia Grande. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele dirigia seu carro em alta velocidade. Ao entrar em um cruzamento, o veículo colidiu com um ônibus, capotando em seguida. Os criminosos, que estavam em um carro atrás, se aproximaram armados com fuzis e dispararam contra Ruy antes de fugirem.
A Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar o caso e capturar os responsáveis. Em uma coletiva realizada na última quinta-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que não há dúvidas sobre o envolvimento do PCC no assassinato. “O que falta descobrir é se foi em razão do combate ao crime organizado ao longo da carreira do delegado ou por sua atuação atual como secretário em Praia Grande”, destacou.
Com mais de 40 anos de carreira, Ruy Ferraz Fontes era conhecido por sua luta contra organizações criminosas, especialmente o PCC. Recentemente, ele exercia a função de secretário de Administração Pública de Praia Grande, onde sua atuação era reconhecida pela comunidade. O envolvimento do crime organizado na morte do ex-delegado levanta questões sobre a segurança dos profissionais de segurança pública.
O Terra ainda não conseguiu localizar a defesa de William Silva Marques para um pronunciamento sobre sua prisão. O espaço segue aberto para futuras manifestações. As investigações continuam e são esperadas novas atualizações sobre a prisão dos foragidos e esclarecimentos sobre o crime.