Operação de Repressão ao Tráfico de Drogas
Rondinelle Silva de Oliveira, de 34 anos, foi surpreendido ao tentar negociar a venda de cocaína para um policial civil disfarçado em um hotel no Setor Hoteleiro Norte, na última quinta-feira (14/8). O assessor do senador Izalci Lucas, do PL, estava oferecendo a droga por R$ 70 cada porção, utilizando o aplicativo WhatsApp para combinar os encontros e realizar as entregas na região do Plano Piloto.
Agentes da Seção de Repressão às Drogas da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II) já monitoravam o servidor por suas atividades suspeitas. Durante a operação, um agente fingiu ser um cliente e marcou um encontro no estacionamento de um hotel. Ao apresentar a droga ao policial, Rondinelle foi imediatamente preso.
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No veículo dele, foram encontradas nove porções de cocaína. As investigações subsequentes revelaram que o assessor mantinha um estoque da droga em seu apartamento, localizado em Ceilândia. A equipe policial se dirigiu à residência de Rondinelle, onde descobriram diversos itens que levantaram suspeitas, como uma balança de precisão, folhas de cheque de terceiros, um pote com substância branca e anotações que aparentemente se referiam à contabilidade das vendas de entorpecentes.
No portal da transparência, a informação sobre a ocupação de Rondinelle como ajudante parlamentar júnior, com um salário de R$ 3 mil, também chamou a atenção.
Consequências e Reações
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Após a prisão, o gabinete do senador Izalci Lucas comunicou que determinou a exoneração de Rondinelle Silva de Oliveira, a qual foi efetivada na sexta-feira (15/8). Em nota, o senador expressou sua indignação e esclareceu que a nomeação do assessor ocorreu em maio deste ano, quando foram realizados rigorosos processos de verificação, incluindo a apresentação de diversas certidões judiciais, que não apresentavam qualquer impedimento.
O senador Izalci Lucas reafirmou que não tolera comportamentos ilegais ou que contrariem os princípios éticos que regem seu mandato, enfatizando que todas as decisões de sua gestão respeitam a lei e o interesse público.
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Esse caso levanta não só questões sobre a integridade de servidores públicos, mas também sobre os mecanismos de supervisão e controle dentro do Senado, especialmente em relação a um cargo que deve exigir elevados padrões éticos. O episódio acontece em um contexto onde a sociedade clama por mais responsabilidade e transparência de seus representantes.
Serão necessárias investigações aprofundadas para que a situação seja esclarecida e para que medidas adequadas possam ser implementadas para evitar que incidentes semelhantes voltem a ocorrer no futuro. As autoridades esperam que a população confie na capacidade do sistema de justiça em lidar com tais situações de forma justa e eficaz.

