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    Agronegócio

    Aprosoja MT Alerta sobre Endividamento Rural e Propõe Medidas Estruturais para o Campo

    17/06/2025diogosilva

    A crise financeira enfrentada pelos produtores rurais no brasil, especialmente em mato grosso, tem ganhado contornos alarmantes, conforme alertado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (aprosoja MT). Os desafios são intensificados pela disparada dos custos de produção e pela queda acentuada nos preços das commodities, resultando em um cenário de endividamento severo. Este quadro é exacerbado por taxas de juros elevadas, escassez de crédito e a ausência de políticas públicas eficazes que possam amparar os agricultores. A aprosoja MT, que representa mais de 9 mil associados, destaca que essa crise vai além das propriedades rurais, afetando diretamente a economia das cidades e do estado como um todo. Dados do Banco Central revelam que a dívida rural brasileira atingiu impressionantes R$ 706,8 bilhões em maio de 2024, o que evidencia a gravidade da situação.

    Em mato grosso, a situação é ainda mais preocupante com o fenômeno conhecido como “Efeito Tesoura”, onde a receita dos produtores diminui enquanto os custos continuam altos. O preço da saca de soja, por exemplo, caiu drasticamente de R$ 191,50 em 2022 para menos de R$ 110 em diversas regiões do estado. Em contrapartida, o custo médio por hectare ultrapassa R$ 7.118,00, o que significa que os produtores precisam colher cerca de 62 sacas apenas para cobrir suas despesas. Os fertilizantes, que representam uma parte significativa dos custos, consomem 43,32% desse total (cerca de R$ 1.719,90 por hectare), enquanto os defensivos agrícolas correspondem a 31,7%. Além disso, a relação de troca tem se deteriorado, com a necessidade de até 45 sacas de soja para adquirir uma tonelada de MAP em 2025, em comparação com 33 a 35 sacas há apenas dois anos.

    Outro aspecto alarmante destacado pela aprosoja MT é o aumento no número de recuperações judiciais entre os produtores. Muitos enfrentam a realidade de se tornarem credores sem garantias, após entregarem produtos ou pagarem por insumos que nunca foram recebidos. Esse efeito dominó da inadimplência é ampliado por medidas governamentais que dificultam ainda mais o acesso ao crédito, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as novas taxações sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Enquanto o volume de crédito disponível no brasil caiu 14%, em mato grosso, a redução foi ainda mais drástica, com queda de 27,6%.

    A elevada taxa Selic, que atualmente está em 14,75%, torna o crédito subsidiado inviável para muitos agricultores, especialmente os pequenos produtores. Segundo dados da Serasa, a inadimplência no setor rural cresceu 27% em 2023, refletindo um ambiente cada vez mais desfavorável para a produção agrícola. Lucas Costa Beber, presidente da aprosoja mato grosso, enfatizou a necessidade urgente de medidas estruturais que possam evitar que mais produtores abandonem suas atividades. “Estamos diante de uma crise silenciosa, que poucos têm coragem de reconhecer por medo do julgamento. A combinação da queda nos preços das commodities, com altos custos por hectare, juros exorbitantes e a pior relação de troca da década, está empurrando milhares de produtores para um ciclo de endividamento crescente, e em certos casos, até à insolvência. É imprescindível que adotemos medidas concretas, como a securitização das dívidas agrícolas, renegociações estruturadas e políticas que proporcionem condições reais de sobrevivência e competitividade aos agricultores brasileiros”, declarou.

    Nesse contexto, a aprosoja MT defende cinco frentes prioritárias que são essenciais para a recuperação do setor: a securitização imediata das dívidas rurais; a criação de linhas de crédito emergenciais com juros que se alinhem à renda agrícola atual; a revisão dos modelos de barter e a proteção contra as assimetrias no mercado de insumos; a implementação de um programa de sustentação de preços ou garantia de receita mínima para grãos; e a suspensão ou revisão dos encargos financeiros sobre operações de crédito agrícola.

    A associação ressalta que os produtores não desejam a inadimplência, mas sim continuar investindo e contribuindo para a geração de empregos. Para isso, é necessário que as instituições financeiras respeitem o que está estipulado no Manual de Crédito Rural (MCR), garantindo aos produtores o direito à renegociação e reestruturação de suas dívidas. O diretor administrativo da aprosoja, Diego Bertuol, também sublinhou a gravidade do momento e a necessidade de ações emergenciais para assegurar a viabilidade da atividade agrícola.

    “A aprosoja mato grosso observa com apreensão a redução no Plano Safra, que não apresenta nem mesmo um esboço do próximo. O setor já enfrenta três anos consecutivos de queda nos preços das commodities, aumento dos custos de produção, juros elevados e eventos climáticos severos. Essa diminuição compromete diretamente a capacidade de investimento e custeio, especialmente dos pequenos e médios produtores, que dependem de linhas oficiais de crédito para sustentar sua produção. Sem crédito acessível e com prazos e taxas que reflitam a realidade do campo, corremos o risco de perdas diárias nas lavouras, redução de empregos e severos impactos na economia de centenas de municípios mato-grossenses”, destacou, reforçando a urgência das ações do Governo Federal.

    “Essas medidas são fundamentais neste momento crítico. A inadimplência, que já chega a quase 30% dos produtores rurais, não é resultado de má gestão, mas sim de um cenário adverso que combina instabilidade climática, custos elevados e uma política de crédito que não se ajustou à nova realidade do campo. O atual Plano Safra foi concebido na década de 1970, enquanto hoje enfrentamos taxas de juros que superam 22%. Muitos produtores estão financeiramente desgastados, com lavouras produtivas, mas sem recursos suficientes para prosseguir. As propostas que apresentamos não são meros pedidos de favor, mas sim medidas essenciais para a segurança econômica e alimentar. A aprosoja MT continuará dialogando com o Governo Federal, especialmente com o Ministério da Agricultura, o congresso e o sistema financeiro, desde as agências nos municípios até os diretores, buscando implementar soluções efetivas com a urgência que o campo exige”, concluiu o diretor.

    A aprosoja mato grosso mantém seu compromisso em defesa dos produtores, reafirmando que os agricultores não devem ser penalizados pelas distorções do mercado e pela falta de políticas adequadas. A entidade seguirá pressionando por soluções estruturais, ouvindo as demandas de seus associados e representando, com firmeza, os interesses de quem trabalha para alimentar o brasil e o mundo.

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