Os incêndios florestais que devastam diversas regiões do brasil têm gerado preocupações alarmantes com relação à qualidade do ar, especialmente em relação aos níveis de monóxido de carbono (CO) na atmosfera. Segundo a MetSul, a situação é crítica, com registros de “níveis altíssimos” dessa substância perigosa, que é incolor e inodora, mas altamente tóxica, especialmente em ambientes fechados onde sua concentração pode se tornar fatal. Os incêndios florestais, uma constante na paisagem brasileira, liberam uma fumaça que contém uma variedade de produtos químicos, incluindo significativas quantidades de monóxido de carbono, resultado da queima incompleta de materiais com carbono.
Recentemente, a plataforma de monitoramento Adam Platform divulgou um mapa que evidencia a infiltração de monóxido de carbono nas regiões Sul da Amazônia, além de extensas áreas do Centro-Oeste, Sul do brasil e são paulo. A situação é tão grave que um gráfico divulgado da projeção do gás na atmosfera para o dia 15 demonstra uma continuidade preocupante dessa poluição. A faixa crítica, identificada nos estados de são paulo e Paraná, se estende até alcançar o estado do Amazonas, ilustrando a extensa área afetada.
As queimadas são uma das principais fontes de poluição atmosférica no brasil, particularmente na Amazônia, onde os incêndios se intensificam a cada ano. Recentemente, o estado do Amazonas enfrentou o pior mês de agosto para queimadas desde 1998, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrando alarmantes 10.328 focos de incêndio na área. A MetSul alerta que, embora o monóxido de carbono esteja presente em pequenas concentrações na atmosfera, sua influência é significativa ao perturbar a capacidade da atmosfera de remover outros gases poluentes. Junto com diversas substâncias químicas e a luz solar, o CO promove a formação do ozônio troposférico, comumente referido como “ozônio ruim”, contribuindo para a poluição urbana.
Diante dessa realidade, é imperativo que a população tome precauções para evitar a exposição a altos níveis de fumaça e monóxido de carbono. O contato breve com esses poluentes pode resultar em efeitos drásticos na saúde. A fumaça é conhecida por irritar os olhos, nariz e garganta, e o odor frequentemente provoca náuseas. Estudos indicam que indivíduos expostos à fumaça intensa podem experimentar alterações temporárias na função pulmonar, tornando a respiração um desafio. Além disso, a qualidade do ar em grandes centros urbanos, como a cidade de são paulo, tornou-se uma preocupação crescente, com a metrópole sendo classificada como a mais poluída do mundo em determinados dias, conforme dados da agência suíça IQAir.
Nessa sexta-feira, no dia 13, cidades como Florianópolis, Porto Alegre, Campo Grande, Cuiabá e Rio Branco também enfrentaram condições “insalubres” de qualidade do ar, colocando em risco a saúde de toda a população. Os efeitos adversos da inalação de monóxido de carbono são expressivos e incluem dores de cabeça, redução do estado de alerta, irritação nas vias respiratórias e falta de ar, além de comprometer o suprimento de oxigênio no corpo. Esses fatores podem agravar condições médicas preexistentes, como asma e doenças cardiológicas, aumentando consideravelmente o risco para grupos vulneráveis.
A MetSul ainda enfatiza que mesmo após a cessação da exposição ao monóxido de carbono, os sintomas podem persistir por dias, ressaltando a necessidade de ações que minimizem essa exposição e preservem a saúde pública. À medida que os incêndios florestais continuam a provocar fumaça e liberação de monóxido de carbono no brasil, é essencial que a população se mantenha informada sobre os riscos e incongruências dessa situação para que possam agir de forma proativa, protegendo a si mesmos e seus entes queridos. Implementar medidas de proteção e buscar informações sobre as condições atmosféricas poderão fazer uma diferença significativa na saúde e bem-estar de todos durante períodos críticos de poluição.