O Programa AVC Dá Sinais, uma iniciativa inovadora da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), completou três anos de atuação e se consolidou como um dos principais projetos de saúde pública em Alagoas. Focado no tratamento de pacientes afetados pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), esta iniciativa já assistiu a 4.956 pessoas, das quais 2.999 foram diagnosticadas com a doença nas unidades de AVC da rede estadual de saúde, além de realizar 374 trombólises e 174 trombectomias. Esses números expressivos ressaltam a importância do programa no cenário da saúde pública estadual.
O programa é executado por uma equipe de profissionais qualificados que utilizam o aplicativo Join. Essa plataforma tecnológica facilita a discussão dos casos de AVC entre especialistas, garantindo acesso rápido a exames de tomografia e possibilitando decisões clínicas ágeis e eficazes no tratamento dos pacientes. Adicionalmente, o Sistema de Regulação Estadual (Sisreg) desempenha um papel crucial ao direcionar os pacientes para as unidades de atendimento apropriadas, como o Hospital Geral do Estado (HGE) e o Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), ambos localizados em Maceió, além do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca. Essa logística eficiente assegura um atendimento célere e articulado para aqueles que necessitam de cuidados urgentes.
A assistência integral aos alagoanos afetados pelo AVC é um dos pilares do Programa AVC Dá Sinais. A doença, que está entre as principais causas de morte e incapacitação no Brasil, exige um atendimento rápido e eficaz. Para isso, foi desenvolvida uma linha de cuidado que acompanha o paciente desde o momento em que é socorrido pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou ao dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Esse modelo garante que os pacientes sejam prontamente encaminhados para a unidade de AVC mais próxima, minimizando o tempo de espera e potencializando as chances de recuperação.
Gustavo Pontes de Miranda, secretário de Estado da Saúde, enfatiza que o AVC Dá Sinais se tornou um exemplo não apenas em Alagoas, mas também em várias partes do Brasil e no exterior. O programa é considerado uma experiência bem-sucedida em saúde pública, atraindo a atenção de delegações de outros estados e países que visitam Alagoas para entender o funcionamento dessa iniciativa exemplar. O secretário destaca a importância de continuar investindo em serviços de saúde que priorizam a vida e o bem-estar da população. “Com a implementação desse sistema de resposta rápida, buscamos salvar vidas e reduzir as sequelas resultantes do AVC. Nossa missão é expandir e aprimorar continuamente o programa, garantindo a todos os alagoanos acesso a um atendimento de qualidade e eficaz”, declarou.
Os impactos positivos do programa são visíveis, em especial na redução da mortalidade e das sequelas graves associadas aos acidentes vasculares. Matheus Pires, coordenador do programa, afirma que a iniciativa tem ganhado destaque tanto nacional quanto internacionalmente, posicionando Alagoas como referência no tratamento de AVC. “A ampla adesão ao programa é fundamental, visto que aproximadamente 90% da população do estado depende do Sistema Único de Saúde (SUS). O AVC Dá Sinais oferece dois dos principais tratamentos disponíveis globalmente: a trombólise e a trombectomia mecânica, sendo Alagoas o único estado do Brasil a realizar esse último pelo SUS”, ressaltou.
Além dos números, as experiências dos pacientes atendidos refletem a eficácia do programa. Reginaldo Teixeira, de 48 anos, em tratamento no Hospital Metropolitano de Alagoas, elogia a estrutura e a qualidade do atendimento. “A equipe é extremamente competente, e o ambiente é nota mil. Recebo fisioterapia nos horários certos e sou informado de tudo; não sairemos daqui até que estejamos prontos”, diz Reginaldo.
No HMA, 797 pacientes foram diagnosticados com AVC, 138 trombólises e 56 trombectomias foram realizadas. Filipe Fernandes, diretor do HMA, destaca que o tempo médio de resposta para procedimentos como tomografias é de apenas 14 minutos, um reflexo do comprometimento da equipe. “O desempenho de nossa unidade de AVC demonstra o esforço de todos que atuam na saúde pública do estado. Continuaremos nos dedicando para oferecer um SUS ainda melhor à população de Alagoas”, finalizou Fernandes.
O Programa AVC Dá Sinais é um exemplo claro de como a atuação integrada e qualificada na área da saúde pode salvar vidas e promover uma recuperação eficaz para os pacientes, reafirmando o comprometimento do Governo de Alagoas com a saúde pública.