**são paulo: Resultados Eleitorais de Pablo marçal na zona Leste**
Na eleição para a Prefeitura de são paulo, realizada no último domingo (6 de outubro), uma significativa parcela da zona leste se destacou ao conceder a Pablo marçal, do PRTB, seus melhores índices de votação. Regiões como Vila Formosa, Tatuapé, Vila Matilde, Mooca e Penha, incluindo áreas como Itaquera, viram marçal alcançar percentuais superiores a 30%, consolidando sua liderança nas urnas.
Entretanto, a empolgação inicial deu lugar à desilusão entre os eleitores de marçal no dia seguinte, quando muitos começaram a lamentar a eliminação do candidato ainda no primeiro turno. Os apoiadores atribuem a derrota a diversos fatores, sendo o “sistema” o principal vilão. Além disso, destacaram a polêmica envolvendo um laudo falso, divulgado na sexta-feira (4 de outubro), que alegava de forma infundada que Guilherme boulos, do PSol, era usuário de cocaína. Esse episódio causou repercussão negativa e pode ter influenciado a opinião do eleitorado.
A base de apoio de marçal é composta por uma diversidade de eleitores, abrangendo desde a classe média baixa até aqueles que prosperaram economicamente nas últimas décadas. Bairros como Tatuapé e Jardim Anália Franco, por exemplo, transformaram-se em áreas nobres da capital paulista, caracterizadas por comércio de alto padrão e a presença de veículos de luxo. Historicamente, essa região possui um perfil eleitoral conservador, tendendo a apoiar candidatos de direita.
Durante sua campanha, marçal promoveu carreatas pela zona leste, circulando tanto em áreas mais abastadas quanto em comunidades periféricas. Ele utilizava uma caminhonete aberta, adotando uma abordagem interativa, parando para se conectar com os eleitores, uma estratégia que visava humanizar sua imagem e criar um laço próximo com a população.
Por outro lado, os bairros localizados nas franjas da zona leste, como São Mateus, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim Paulista e Jardim Helena, foram cruciais para a ascensão de Guilherme boulos, que conquistou a primeira colocação nessas localidades, limitando o avanço de marçal.
Nesta segunda-feira, o engenheiro civil Eduardo Rocha Boarini, de 40 anos, passeava pelas proximidades do Parque Ceret, no Tatuapé, onde marçal obteve 32,89% dos votos. Boarini mencionou que sua escolha foi influenciada pela escassez de boas opções eleitorais. “Entre os candidatos, ele se mostrava como o menos pior, embora não o melhor”, comentou. Ele também admite que a ausência de marçal no segundo turno não era uma surpresa, considerando a composição do sistema político: “Era de se esperar uma mescla entre direita e esquerda, com o centro dominando. Não me surpreendeu”.
Muitos amigos de Boarini, que também residem na área, manifestaram apoio a marçal, citando o perfil empreendedor da região e a presença de micro, pequenas e médias empresas. Ele ressaltou a diversidade econômica local, onde coexistem multimilionários e a classe média baixa.
Por sua vez, o empresário Flávio Siqueira, de 48 anos, expressou sua frustração pela eliminação de marçal logo no primeiro turno, reconhecendo suas habilidades como administrador e sua capacidade para administrar são paulo. Siqueira atribui parte da queda nas urnas ao escândalo do laudo falso, defendendo que marçal deveria ter mais cautela antes de fazer tal acusação sem evidências. “Ele agiu sem certeza, e isso o penalizou”, opinou.
O contador Edson Resca, de 56 anos, também votou em marçal por sua postura desafiadora, considerando-o um candidato que representa novas ideias no cenário político. “Votei nele por sua inclinação à direita e por ser alguém que vem para enfrentar a oposição”, afirmou.
Resca já esperava um resultado desfavorável no primeiro turno: “Pelas pesquisas, percebi que não passaria. Mesmo assim, desejei apoiar sua candidatura”, concluiu. A opinião comum entre os eleitores entrevistados indicava que boulos encontrar dificuldades para se estabelecer em áreas como Tatuapé e Anália Franco, onde a preferência já se inclina para Ricardo Nunes nas próximas etapas da eleição.
Adriano de Oliveira Andrade, motorista de 35 anos, que votou em marçal na Vila Matilde, refletiu sobre a escolha de dar uma chance a um político novo. “Optamos por alguém que poderia trazer inovação”, comentou. No entanto, ele expressou frustração ao ver que muitos ainda preferem a falta de mudanças no cenário político.
Além da zona leste, a zona norte também se destacou, comMarçal obtendo percentuais acima de 30, consolidando ainda mais sua importância na disputa. A implicação do apoio regional ilustra como eleitores de diferentes áreas de são paulo estão alinhados em suas expectativas e frustrações no atual jogo político.