A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (29), os rankings das 10 piores e melhores rodovias do Brasil. O estudo analisou 11.502 km da malha rodoviária do país.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 DF no WhatsApp.
A pior rodovia, segundo o relatório, é a AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara, ambas no Amazonas. Já a melhor via está no Rio de Janeiro, a RJ-124, que faz a ligação entre Rio Bonito e São Pedro da Aldeia. Veja os rankings completos:
Segundo a confederação, sanar os pontos críticos deve ser uma prioridade para a melhoria da qualidade das rodovias.
No Brasil, 67,5% da malha rodoviária pavimentada é considerada regular, ruim ou péssima. Para recuperar as rodovias — com ações emergenciais como reconstrução, restauração e manutenção — são necessários R$ 94,12 bilhões.
A pesquisa identificou também 2.648 pontos críticos na malha rodoviária. São eles:
Será também necessário reconstruir 628 km de rodovias onde a superfície se encontra destruída; restaurar 39.357 km de rodovias onde se identificam trincas, buracos, ondulações, remendos e afundamentos. Além disso, é preciso fazer a manutenção de 62.278 km de rodovias que foram avaliados como desgastados
Segundo a pesquisa CNT de Rodovias de 2023, 54,4% da malha rodoviária pavimentada do Distrito Federal apresenta algum tipo de problema e é considerada regular, ruim ou péssima. Já a malha analisada considerada ótima ou boa corresponde a 45,6%.
Para que as rodovias tenham a reconstrução, restauração e manutenção para melhoria da qualidade, será necessário um investimento por parte do governo de R$ 477, 26 milhões.
A pesquisa também mostra que, em 2022, o prejuízo gerado por acidentes foi de R$ 164,54 milhões.
A falta de acostamento aparece em 33,3% dos trechos avaliados e 40% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
De acordo com a CNT, os resultados mostram que este é um quadro que demanda um maior empenho por parte dos entes gestores de infraestruturas e expõe a “necessidade de continuar mantendo investimentos perenes que viabilizem a reconstrução, restauração e a manutenção das rodovias”. Essas ações devem vir do âmbito do poder público.
Diante disso, de um total de R$ 35 milhões autorizados pelo governo federal para a infraestrutura rodoviária no DF, o GDF não gastou nada com obras de infraestrutura rodoviária de transporte até setembro.
As condições do pavimento das rodovias do Distrito Federal geram um aumento de custo operacional do transporte de 25,8%. Esse aumento se reflete na competitividade do Brasil, já que impacta no preço do frete e, consequentemente, dos produtos para o consumidor final.
A falta de qualidade das rodovias faz com que o consumo de combustível fóssil e a emissão de gases também aumentem. No DF, a pesquisa estima que haverá um consumo desnecessário de R$ 3 milhões de litros de diesel. Esse desperdício custará mais de R$ 19 milhões aos transportadores.
LEIA TAMBÉM:
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.