Valdemar Se Retrata e Aponta para Necessidade de anistia
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, admitiu em entrevista nesta terça-feira (16/9) que cometeu um erro ao afirmar em um festival que houve um planejamento para um golpe de Estado, embora não tenha sido efetivamente executado. Durante a conversa, ele se desculpou com os representantes da direita e reconheceu que as suas palavras não refletiram a realidade do momento.
Valdemar explicou que, durante o evento, sentiu-se à vontade e acabou ficando disperso em seus pensamentos, o que levou à declaração infeliz. “Comecei a falar e me distraí. Errei quando falei aquilo. O que havia não era um planejamento, mas um movimento. Um movimento que eu observei. Eu era cobrado nos aeroportos”, afirmou o dirigente do PL.
Na continuidade da entrevista, Valdemar compartilhou que recebeu diversas pessoas e advogados no partido, que não se identificavam, indagando sobre possíveis estratégias para impedir a posse de Lula. “Nunca tomei conhecimento disso. Sempre que alguém me falava, eu respondia: ‘Isso já acabou. Nós teremos outros embates pela frente e vamos vencer'”, contou.
Ele também mencionou que houve uma mobilização significativa, com pessoas enviando documentos e tentando cercá-lo no aeroporto, com a esperança de que Bolsonaro tomasse uma ação para impedir a posse de Lula. “Eu dizia que iríamos conquistar o governo novamente”, reforçou.
Valdemar enfatizou: “Estou aqui para esclarecer que errei, e buscarei pensar mais antes de falar. Não é bom ser tão espontâneo como fui dessa vez. Às vezes, uma frase errada pode sair, e quero me desculpar com o nosso pessoal da direita, reiterando que sempre estarei ao lado deles e que sou fã e discípulo do Bolsonaro”, completou.
Em meio a essa polêmica, Valdemar também defendeu um projeto de anistia que beneficie Bolsonaro e outros condenados pelo STF por tentativa de golpe de Estado. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), comunicou a líderes partidários que a votação do requerimento de urgência para este projeto está agendada para quarta-feira (17/9). Contudo, ainda não há definição se a proposta irá incluir ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro.