Declarações de Valdemar no STF

Valdemar Costa Neto, líder do Partido Liberal (PL), se manifestou no Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal (IVL). Em sua fala, Valdemar declarou que a divulgação de um relatório sobre as urnas eletrônicas, realizada em 2022, ocorreu sem o seu consentimento e acarretou um “prejuízo enorme ao PL”.

Rocha enfrenta acusações no STF, ligadas ao núcleo 4, que teria atuado em campanhas de desinformação, visando abalar a credibilidade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral. Além disso, o grupo também é suspeito de tentar pressionar as Forças Armadas a se envolver em um suposto plano golpista.

Em julho de 2022, o Partido Liberal firmou um contrato com o IVL para auditar todas as etapas da votação, apuração e totalização das urnas eletrônicas. O resultado da auditoria, que revelou “vulnerabilidades relevantes” nas urnas, foi amplamente noticiado pela imprensa.

Como testemunha, Valdemar confirmou ao STF que o IVL foi contratado com verba própria do partido. Ele afirmou que a exposição dos dados do relatório ocorreu devido à pressão de alguns deputados que buscavam levantar dúvidas sobre a eficácia das urnas. “A divulgação dos dados contidos no documento ocorreu por pressão de deputados que queriam expor as dúvidas sobre as urnas”, disse.

Consequências Financeiras para o PL

Quando questionado sobre a decisão da Justiça Eleitoral de não prosseguir com as investigações sugeridas no relatório, Valdemar foi direto: “Recebemos uma multa de R$ 23 milhões em decorrência desse questionamento sobre as urnas. Um prejuízo enorme para o partido”.

Em 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, condenar o PL a pagar uma multa de aproximadamente R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé. Segundo a decisão, o partido não apresentou provas concretas que justificassem a necessidade de uma verificação extraordinária das urnas utilizadas no segundo turno das eleições de 2022.

Em função da condenação, o Fundo Partidário do PL foi bloqueado até que a multa fosse quitada. Essa situação evidenciou os desafios enfrentados pela legenda, que teve que lidar com uma crise de credibilidade após a circulação do relatório e as subsequentes repercussões legais e financeiras.

Essas declarações de Valdemar Costa Neto, somadas às ações judiciais em curso, reforçam a complexidade do cenário político atual e a importância da transparência nas eleições. A situação do PL serve como um alerta sobre as consequências da desinformação e da pressão política na condução dos processos eleitorais.

Share.
Leave A Reply

Exit mobile version