Milhares de pessoas se mobilizaram neste sábado (5/10) em diversas cidades da europa para protestar contra a guerra na Faixa de gaza, um conflito que completará um ano na próxima segunda-feira (7/10). A guerra, que começou entre israel e o movimento Hamas, se expandiu para o líbano e envolveu outras nações da região, gerando preocupações globais sobre a escalada da violência e suas consequências humanitárias.
Em Londres, a manifestação teve início no centro da capital britânica pelo final da manhã, atraindo uma significativa participação de figuras políticas de destaque, como o ex-líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, e o ex-primeiro-ministro escocês, Humza Yousaf. Os manifestantes trouxeram consigo mensagens de paz e solidariedade, entoando gritos como “Parem os bombardeios”, “Palestina livre!” e “Parem de bombardear hospitais”. O clima pacífico da manifestação foi evidenciado pelas palavras de Sophia Thomson, uma jovem de 27 anos que, ao protestar com amigos, expressou a urgência por um cessar-fogo. “Quantos palestinos ou libaneses inocentes ainda precisam morrer?”, indagou, enfatizando que a grande quantidade de participantes destacava a discrepância entre as opiniões do governo e a vontade popular.
Na capital irlandesa, Dublin, centenas de cidadãos se uniram em apoio aos moradores de gaza, clamando por “liberdade e justiça para os palestinos”. O espírito de solidariedade também marcou os atos na França, onde milhares marcharam nas ruas de Paris e em outras grandes cidades, como Lyon, Toulouse e Estrasburgo, expressando apoio aos palestinos e libaneses em meio à crise.
Os manifestantes em Paris se concentraram na Praça da República, onde entoaram repetidamente “A Palestina viverá, a Palestina vencerá”, criando um forte sentimento de unidade entre os participantes. Enquanto isso, em Berlim, a situação se tornou tensa, com protestos pró-israel contra o aumento do antissemitismo. O evento resultou em confrontos entre a polícia e manifestantes pró-palestinos, refletindo a polarização crescente em torno do conflito.
Na Suíça, especificamente em Basel, milhares se reuniram em um parque próximo à estação de trem durante uma manifestação nacional a favor da Palestina, organizada pela Federação Suíço-Palestina e cerca de 100 outras organizações. Em Roma, os protestos foram mais intensos, reunindo aproximadamente 6 mil pessoas. O ambiente se deteriorou à medida que jovens pró-palestinos confrontaram a polícia, resultando em um confronto com o lançamento de garrafas e fogos de artifício. A polícia respondeu com canhões de água e gás lacrimogêneo, e os tumultos deixaram um policial ferido e dois manifestantes presos em meio à confusão que durou cerca de 20 minutos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, desde o início do conflito, pelo menos 41.825 palestinos perderam a vida em gaza, a maioria deles civis. No líbano, mais de 2.000 pessoas também sucumbiram ao conflito, segundo informações das autoridades locais, evidenciando a tragédia humanitária provocada por essa guerra prolongada.
Os protestos não se limitaram à europa; na Cidade do Cabo, na África do Sul, centenas de manifestantes ergueram bandeiras palestinas e entoaram gritos contra israel, acusando o país de genocídio e racismo. Eles marcharam em direção ao parlamento, clamando que “israel é um Estado racista” e afirmando: “Somos todos palestinos”. Entre os manifestantes, muitos relacionaram a situação dos palestinos com o apartheid enfrentado na África do Sul, destacando a similaridade das injustiças perpetradas.
Além da manifestação na África do Sul, protestos foram planejados para ocorrer também no Chile e nos Estados Unidos no mesmo dia. O movimento global em apoio aos palestinos reflete a crescente conscientização sobre a crise e a necessidade urgente de soluções pacíficas que respeitem os direitos humanos e promovam a coexistência.