A Importância da Inclusão da Ucrânia nas Negociações de Paz
Os líderes dos países que compõem a União Europeia (UE) publicaram, na terça-feira (12), uma declaração conjunta afirmando que a Ucrânia deve estar presente nas negociações para o término da guerra. Essa posição surge apenas três dias antes do esperado encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca. Curiosamente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não foi convidado para essa conferência.
O documento assinado por representantes de todos os países-membros da UE, exceto a Hungria, defende que “uma paz justa e duradoura, capaz de promover estabilidade e segurança, deve respeitar o direito internacional”. Entre os princípios destacados estão a independência, soberania, integridade territorial e a inviolabilidade das fronteiras internacionais.
A declaração reitera que “o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia” e que negociações significativas só poderão ocorrer no contexto de um cessar-fogo ou redução das hostilidades. Esta posição é um forte indicativo do compromisso da UE com a integridade do país.
Embora a declaração deixe claro o apoio à Ucrânia, os líderes europeus também expressaram boas-vindas “aos esforços do presidente Trump voltados a finalizar a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia“. Eles ressaltam a importância de alcançar uma paz e segurança duradouras.
Além disso, a UE, em colaboração com os Estados Unidos e outras nações que compartilham os mesmos valores, compromete-se a continuar oferecendo apoio político, financeiro, econômico, humanitário, militar e diplomático à Ucrânia, que está exercendo seu direito de autodefesa. A implementação de sanções contra a Rússia também será mantida.
Os líderes europeus afirmaram estar “prontos para contribuir” na garantia de “segurança” a Kiev, especialmente em caso de um cessar-fogo. O encontro iminente entre Putin e Trump eleva as expectativas para um possível acordo de paz entre Kiev e Moscou, mas também levanta preocupações sobre a possibilidade de a Ucrânia ser excluída das discussões.
Na quarta-feira (13), líderes da UE devem realizar uma reunião remota com Trump e Zelensky com o objetivo de alinhar posições antes da cúpula que ocorrerá no Alasca, enfatizando a necessidade de uma abordagem unificada e inclusiva para a busca pela paz na Ucrânia.