Uber Toma Medidas Após Violência em Viagem
No Distrito Federal, uma situação alarmante ganhou destaque após uma passageira agredir verbal e fisicamente um motorista de Uber. O incidente, que ocorreu na madrugada de quarta-feira, 17 de setembro, levou a empresa a desativar a conta da usuária que solicitou a viagem. O motorista, Jonathan Baptista Rodrigues, de 28 anos, filmou o momento da agressão, registrando a ação com a câmera instalada em seu veículo.
O vídeo, com duração de seis minutos, revela o desenrolar da viagem que começou por volta das 2h20, quando o trio, composto pelo motorista e duas passageiras, encontrou um incêndio na rua. Leilane Marques da Mata, uma das passageiras, capturou imagens do fogo antes de seguirem para o destino. O clima tenso começou a se formar quando o motorista se recusou a esperar enquanto Leilane tentava tirar uma foto. As tensões rapidamente aumentaram, levando a um confronto verbal.
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Jonathan, o motorista, expressou que não estava disposto a esperar desnecessariamente, o que resultou em uma resposta agressiva por parte de Leilane. Ela disse: “Sabe o que são 30 segundos? É o tempo que você para aqui para ela descer. Eu cuido é de vidas”, numa tentativa de justificar a solicitação. O motorista, que insistiu em que ela chamasse outro veículo, foi chamado de “escroto” por Leilane, que continuou a ofender o trabalhador até que a situação culminou em violência física.
A empresa Uber emitiu uma nota lamentando o ocorrido e reafirmando sua política contra a violência. “Consideramos inaceitável o uso de violência. Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e que, caso se sintam ameaçados, contatem as autoridades imediatamente”, afirmou a empresa.
O motorista relatou ao portal Metrópoles que se sentiu desconfortável em levar Leilane para casa devido a suas declarações ofensivas. “Ela começou a me diminuir e a me ofender, dizendo que eu vivia uma vida de merda. Ela tentou puxar minha câmera e, em seguida, me agrediu fisicamente”, contou Jonathan, ainda em choque com a situação.
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Em uma carta escrita à mão, Leilane tentou justificar sua atitude, alegando que ficou alterada devido à preocupação com o horário. “Isso nunca tinha acontecido antes. Ele informou que estava gravando nossa viagem, mas não sabemos se autorizamos isso. Eu só queria retirar a câmera do carro, e por isso acabei tocando em seu rosto. Não foi minha intenção agredi-lo, peço desculpas por isso”, escreveu ela.
Ela continuou dizendo que, apesar do embate, não faltou com respeito a ele, mas descreveu o motorista como arrogante e alegou que ele a ameaçou várias vezes com a possibilidade de divulgar o caso à mídia.
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Este incidente não é um caso isolado. Em diversas ocasiões, motoristas de aplicativos têm enfrentado desafios relacionados à segurança e ao respeito durante as corridas. A Uber, por sua vez, afirma que busca fortalecer medidas de segurança e proteção tanto para os motoristas quanto para os passageiros.
A empresa reafirma a importância de um ambiente seguro e respeitoso para todos os envolvidos e continua a cooperar com as autoridades relevantes para averiguar a situação. Incidentes como este, embora lamentáveis, ressaltam a necessidade de um diálogo contínuo sobre as relações entre motoristas e passageiros e sobre o que pode ser feito para evitar comportamentos violentos durante as corridas.