Trump e Suas Críticas à Cúpula
Nesta sexta-feira (5/9), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma avaliação contundente sobre a crescente influência da China, afirmando que os EUA parecem ter “perdido” a Índia e a Rússia para o país asiático. A declaração foi publicada em sua rede social, Truth Social, acompanhada de uma foto que retrata os líderes em um momento de camaradagem.
“Parece que perdemos a Índia e a Rússia para a China, que se torna cada vez mais poderosa. Que eles tenham um futuro longo e próspero juntos!”, escreveu Trump, referindo-se ao presidente chinês, Xi Jinping.
A Cúpula, que ocorreu na China, reuniu importantes líderes globais, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Essa reunião fez parte da Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), um bloco que abrange países como Índia, Irã, Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Paquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, focado na cooperação política, econômica e militar.
Desfile Militar e Alianças Estratégicas
Durante o encontro, os líderes participaram de um desfile militar que exibiu novas capacidades bélicas das Forças Armadas chinesas, celebrando o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês, marcando a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, ocorrida em 3 de setembro.
Trump, em suas declarações, manifestou insatisfação com a aproximação dos líderes e insinuou que Putin e Kim Jong-un estariam conspirando contra os interesses dos Estados Unidos. “Por favor, transmitam meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América”, ironizou o ex-presidente em uma mensagem enviada no dia 2 de setembro.
Considerações sobre a Liberdade Chinesa
Além de criticar a aliança entre os líderes, Trump também fez um apelo ao presidente Xi Jinping, perguntando se ele se lembraria dos sacrifícios feitos pelos americanos na luta contra a ocupação japonesa. O republicano destacou o papel dos EUA na garantia da liberdade da China e enfatizou a importância de reconhecer os esforços dos soldados estadunidenses que lutaram por essa causa.
“A grande questão a ser respondida é se o Presidente Xi da China mencionará ou não a enorme quantidade de apoio e ‘sangue’ que os EUA deram à China para ajudá-la a garantir sua LIBERDADE de um invasor estrangeiro muito hostil. Muitos americanos morreram na busca da China por Vitória e Glória. Espero que sejam devidamente homenageados e lembrados por sua bravura e sacrifício!”, reforçou Trump, sublinhando a necessidade de reconhecimento.
Uma Cerimônia com Significado Simbólico
O desfile militar foi amplamente transmitido pela televisão estatal da China, com telões exibindo símbolos de paz, enquanto a multidão exibia milhares de bandeiras vermelhas fornecidas pelo regime. O evento não apenas marcou um momento de celebração nacional, mas também simbolizou a crescente união entre essas potências, que, segundo Trump, representa um desafio significativo para os interesses estadunidenses na região.
A preocupação de Trump com a crescente influência da China e suas alianças estratégicas sublinha um tema recorrente em sua administração: a necessidade de uma abordagem firme em relação a aliados e adversários globais. A resposta do governo Biden a essas questões ainda está por vir, mas o ex-presidente já deixou claro que está observando atentamente os desenvolvimentos geopolíticos e suas implicações para os Estados Unidos.