Abertura de Nações para Imigração Voluntária é Destaque nas Discussões
O governo de Israel, sob a liderança do premiê Benjamin Netanyahu, está em tratativas com cinco nações – Indonésia, Somalilândia, Uganda, Sudão do Sul e Líbia – para a possível transferência de palestinos da Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo Canal 12 nesta quarta-feira (13).
Uma fonte diplomática, em conversa com a agência de notícias, revelou que “alguns países estão mostrando mais receptividade do que no passado para acolher a imigração voluntária da Faixa de Gaza“, mencionando especificamente a Indonésia e a Somalilândia como exemplos.
Entretanto, até o momento, não houve nenhuma decisão formal acerca do assunto. Essa notícia surge em meio às informações da Associated Press, que relatou que Israel teria discutido o reassentamento de cidadãos de Gaza no Sudão do Sul, uma alegação que foi prontamente negada pelo governo sul-sudanês, classificando-a como “infundada”.
A Somalilândia, região em busca de reconhecimento internacional e que se separou da Somália, pode ver uma oportunidade de obter esse reconhecimento por meio de um acordo com Israel. Durante uma entrevista ao canal de notícias i24, Netanyahu manifestou seu apoio à emigração em massa de cidadãos de Gaza, um posicionamento que também foi aprovado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início deste ano.
O primeiro-ministro israelense enfatizou que Israel está em diálogo com “vários países” para receber civis deslocados da área devastada pelo conflito. “Todos que se preocupam com os palestinos e dizem que desejam ajudá-los devem abrir suas portas para eles”, afirmou Netanyahu.
Quando questionado sobre a lentidão do processo, Netanyahu comentou: “Precisamos de países anfitriões. Estamos em conversas com várias nações; não entrarei em detalhes agora.”
Em meio a esse contexto de Negociações, os ataques em Gaza continuam. Hoje, pelo menos 98 palestinos foram mortos em bombardeios israelenses, incluindo 37 civis que tentavam acessar ajuda humanitária, conforme fontes médicas reportaram à Al Jazeera. Dentre os mortos, 61 foram registrados na Cidade de Gaza.
A assessoria de imprensa do Hamas atualizou os dados, indicando que o total de mortes por fome chegou a 235, sendo 106 crianças, em um cenário humanitário que alcançou “níveis catastróficos”. O Ministério da Saúde de Gaza informou que entre as vítimas estão 19 mulheres, 75 idosos e 35 homens acima de 18 anos, além de 40 mil recém-nascidos que enfrentam desnutrição.