O conhecido “Terreno da Graça”, situado na Rua da Graça, se transformou em um vibrante canteiro de obras, marcando o início da construção de um novo empreendimento no local. A área, que tem sido acompanhada de perto por veículos de comunicação e especialistas, recebeu as devidas autorizações para erguer um stand de vendas, que servirá para promover as unidades desse projeto. Informações coletadas revelam que o plano envolve a edificação de três torres, todas projetadas para oferecer uma vista deslumbrante da famosa Baía de Todos-os-Santos, acessível pela Ladeira da Barra. O empreendimento será desenvolvido por um grupo empresarial que já é responsável pela administração do renomado Enseada Praia do Forte, localizado no belo Litoral Norte da Bahia.
Esse projeto ambicioso já conta com a participação de vários empresários influentes de diferentes setores da economia baiana, como Tiago Coelho, Sidônio Palmeira, André Pedreira de Freitas, o ex-prefeito de Mata de São João, João Gualberto, e o ex-prefeito de salvador, ACM Neto. O terreno destinado à construção abrange aproximadamente 7,6 mil m², apresentando um grande potencial para o desenvolvimento de um empreendimento que visamos beneficiar tanto a economia local quanto os futuros residentes.
Embora o espaço tenha gerado expectativa positiva entre investidores e entusiastas do desenvolvimento urbano, ainda é de propriedade da tradicional família Cunha Guedes, que tem raízes profundas imersas na região da Graça e no Corredor da Vitória, onde possuem diversos imóveis e propriedades. A densidade do debate em torno do futuro do Terreno da Graça foi intensificada com tentativas da Câmara de Vereadores de salvador de abrir discussões sobre a possibilidade de transformar a área em um Parque Público, visando atender ao interesse da comunidade.
Um projeto de lei, apresentado pelo vereador Hélio Ferreira (PCdoB), foi submetido à análise dos membros da câmara. O vereador defendeu a iniciativa como uma forma de garantir que o espaço beneficie todos os cidadãos e promova atividades de lazer e convivência, além de contribuir para a sustentabilidade ambiental da localidade. Ferreira destacou a importância da proposta, afirmando que a aprovação do projeto poderia criar um espaço de vital importância para a comunidade, beneficiando a Freira da Fraternidade, que tem um papel significativo nas iniciativas sociais da região.
No entanto, a proposta não está livre de controvérsias. O vereador expressou sua preocupação em relação ao avanço da especulação imobiliária que poderia comprometer o caráter comunitário da área. Ele enfatizou que, com o retorno das atividades legislativas, o projeto deve ser colocado em pauta, abordando a urgência de preservar espaços públicos diante da pressão do desenvolvimento urbano. O vereador destacou a necessidade de buscar alternativas que protejam a área de possíveis obras que priorizem o lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
Um dos aspectos mais relevantes do Terreno da Graça é sua conexão com a comunidade local por meio da Feira da Fraternidade, um evento anual promovido pela Paróquia Nossa Senhora da Vitória. Este encontro reúne um grande número de voluntários, que colaboram no atendimento e na estruturação das atividades, com toda a renda revertida para projetos sociais. O evento promove uma rica praça de alimentação com pratos da culinária variada, além de diversas atrações culturais, como shows musicais e apresentações artísticas.
Durante o carnaval, o Terreno da Graça também ganha destaque como um importante ponto de apoio para os trios elétricos, permitindo que esses veículos se mobilizem entre os circuitos da festa de maneira eficiente. A localização estratégica facilita a logística dos trios, oferecendo espaço suficiente para estacionamento e manutenção, o que é crucial para garantir que as festividades ocorram sem contratempos.
Com todas essas características, o Terreno da Graça se torna um lugar emblemático, um ponto de agitação e interação comunitária, que, conforme avança em seu desenvolvimento, terá um papel crucial no futuro urbano e social da região. A dinâmica de transformação do espaço e a importância de equilibrar o desenvolvimento econômico com as necessidades da comunidade continuam a ser tema de discussão, o que ressalta a necessidade de um planejamento consciente e colaborativo para o bem-estar de todos os cidadãos.