**Santa Catarina Registra Aumento nas Cotações de Suínos com Menor oferta de Animais**
Na quarta-feira, 18 de outubro, o mercado de suínos no Brasil apresentou movimentações variadas, especialmente em Santa Catarina, onde a oferta reduzida de animais resultou em um aumento de 0,86% nas cotações. Este cenário é acompanhado de perto por especialistas e produtores que buscam entender as dinâmicas de demanda, especialmente com a proximidade dos feriados e as implicações nas vendas nas próximas semanas.
Conforme dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo permaneceu estável, cotado a R$ 8,97 por quilo vivo. A estabilidade nos preços reflete uma concorrência saudável entre suinocultores e frigoríficos. “Embora o mercado de suínos vivos esteja sendo bastante procurado, os frigoríficos que operam na bolsa de valores consideram que o preço do suíno abatido ainda não está alinhado com o valor dos vivos. Assim, optamos por uma manutenção temporária dos preços, prevendo realinhamentos nas cotações para a próxima semana,” afirmou Valdomiro Ferreira, presidente da APCS. Ele também destacou que as vendas no atacado e no varejo estão em bom ritmo e que os preços dos animais abatidos estão em torno de R$ 113,00 por quilo.
Em Minas Gerais, no entanto, a situação é diferente. O preço dos suínos caiu 2,35% nesta semana, situando-se em R$ 8,50 por quilo vivo, uma redução em comparação aos R$ 8,70 da semana anterior, conforme a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). “Os produtores tentaram elevar o preço para R$ 8,70, mas a realidade levou a uma correção para R$ 8,50. O feriado e os pesos mais altos nas granjas influenciaram essa situação. Com essas variáveis, os frigoríficos conseguiram manter os preços, pois um aumento acima disso tornaria o repasse inviável,” explicou Alvimar Jalles, consultor de mercado da Asemg.
Por outro lado, Santa Catarina se destacou com um leve acréscimo nos preços, passando de R$ 8,18 para R$ 8,25 por quilo vivo, segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, comentou sobre a situação do mercado: “A oferta de suínos está aquém das necessidades do mercado. Embora os ganhos tenham sido modestos, são significativos. É fundamental ressaltar que, de maio até o momento, o número de animais ofertados foi inferior ao necessário, o que demonstra um bom equilíbrio no mercado.”
Além disso, Lorenzi acredita que as condições climáticas, com a chegada de temperaturas mais baixas, devem impulsionar o consumo interno de carne suína. “Acreditamos que o aumento do consumo no mercado doméstico será positivo e que as exportações continuarão em alta, já que os principais países importadores estão em busca da nossa carne suína,” concluiu.
Esse panorama revela a complexidade do mercado suinícola no Brasil, onde fatores como oferta, demanda e condições climáticas desempenham papéis cruciais na formação de preços. Os produtores e frigoríficos permanecem atentos às tendências e às necessidades do mercado, buscando sempre um equilíbrio que beneficie toda a cadeia produtiva. Com o cenário atual, é essencial que os stakeholders se mantenham informados e preparados para adaptar suas estratégias, visando não apenas a maximização dos lucros, mas também a sustentabilidade e a estabilidade do setor.