Na última quarta-feira, dia 18, o mercado de suínos no brasil apresentou movimentações diversas, com destaque para a situação em Santa Catarina, onde a oferta de animais foi reduzida, resultando em um aumento de 0,86% nas cotações. Essa elevação no preço é um reflexo das dinâmicas de oferta e demanda que caracterizam o setor, e os produtores permanecem atentos às flutuações do mercado, especialmente em função do feriado e das semanas subsequentes.

Dados fornecidos pela Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) indicam que, no estado de São Paulo, os preços dos suínos se mantiveram estáveis, fixando-se em R$ 8,97 por quilo vivo. Valdomiro Ferreira, presidente da APCS, destacou que, apesar da elevada procura por suínos vivos no mercado regional, os frigoríficos que atuam na bolsa consideram que os valores para o abate ainda não refletem adequadamente os preços dos suínos vivos. Essa disparidade gerou a decisão de manter os preços e aguardar possíveis realinhamentos nas cotações na próxima semana. Ferreira também observou que as vendas no atacado e no varejo estão indo muito bem, com os preços dos animais em torno de R$ 113,00 por quilo.

Em Minas Gerais, por outro lado, o cenário é diferente. O preço do animal sofreu uma desvalorização de 2,35%, sendo negociado a cerca de R$ 8,50 por quilo vivo, uma queda em relação aos R$ 8,70 da semana anterior, conforme informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). O consultor de mercado Alvimar Jalles comentou que, embora os produtores tenham tentado elevar os preços para R$ 8,70, a realidade do mercado impôs um retorno a R$ 8,50, influenciada pelo feriado e pela presença de pesos mais altos nas granjas. Segundo ele, a resistência dos frigoríficos em aumentar os preços é uma questão real, que reflete o teto do mercado atual.

No cenário catarinense, conforme a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal apresentou um leve aumento, passando de R$ 8,18 para R$ 8,25 por quilo vivo. O presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, ressaltou que a oferta de suínos está aquém das necessidades do mercado, e embora os ganhos tenham sido modestos, eles são significativos. Lorenzi mencionou que a redução na oferta de animais desde maio demonstra que o mercado está bem regulado, o que é crucial para a sustentabilidade do setor.

A liderança de Santa Catarina também expressou otimismo em relação ao aumento do consumo interno, especialmente com a chegada de temperaturas mais amenas. Lorenzi acredita que essa mudança climática poderá impulsionar o consumo de carne suína no mercado doméstico. Além disso, a expectativa é de que as exportações permaneçam em alta, uma vez que os principais importadores estão em busca da carne suína catarinense, que é reconhecida pela sua qualidade.

Dessa forma, o setor suinícola em Santa Catarina mantém uma trajetória positiva, mesmo diante das flutuações e desafios enfrentados em outras regiões do brasil. Com a oferta controlada e a demanda aquecida, o mercado parece estar se ajustando às necessidades tanto dos consumidores quanto dos produtores. Os próximos dias serão cruciais para observar como essas dinâmicas se desenvolverão, especialmente em relação ao comportamento do mercado com a aproximação de novas semanas e o impacto contínuo das condições climáticas. A expectativa é que, com a combinação de fatores favoráveis, o setor consiga manter seu crescimento e estabilidade, beneficiando todos os envolvidos na cadeia produtiva da suinocultura.

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