Críticas Severas ao STF e a Alexandre de Moraes
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, não hesitou em expressar sua indignação nesta quinta-feira, ao qualificar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como um “psicopata institucional”. A declaração veio após o esclarecimento sobre as medidas cautelares que permitem ao ex-presidente Jair Bolsonaro dar entrevistas, desde que não cometa novos crimes. O descontentamento de Sóstenes é um reflexo da tensão política crescente no país, especialmente em um momento em que a liberdade de expressão é um tema bastante debatido.
A decisão de Moraes, que excluiu a prisão preventiva do ex-presidente, foi motivada por uma “irregularidade isolada” ocorrida durante a exibição da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro após sua saída da Câmara dos Deputados na última segunda-feira. Apesar de ter evitado a prisão, o ministro deixou claro que qualquer novo descumprimento das regras resultará em sanções imediatas.
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Defesa de Bolsonaro e Medidas Cautelares
“O que presenciamos é uma confirmação do que muitos já suspeitavam: estamos diante de um juiz disfarçado de tirano. Alexandre de Moraes não recuou, ele apenas tentou esconder a censura que impôs. Quando a punição permanece mesmo após esse aparente recuo, não estamos diante da aplicação da lei, mas de uma manipulação calculada por um psicopata institucional”, desabafou Sóstenes em suas redes sociais, provocando reações intensas entre seus seguidores.
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As medidas cautelares impuestas por Moraes a Bolsonaro, que seguem em vigor, incluem o uso de tornozeleira eletrônica, restrições nas redes sociais, além da proibição de contactos com embaixadas e outros investigados, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente. Essas ações fazem parte de um inquérito que investiga supostos crimes contra a soberania nacional, que estariam ligados a um financiamento de R$ 2 milhões que Bolsonaro teria destinado ao filho para ações nos Estados Unidos.
O Protesto Criativo dos Alliados
Na esteira das restrições, um grupo de parlamentares do PL, liderados por Sóstenes, optou por uma forma inusitada de protesto, utilizando uma impressão em tamanho real do ex-presidente e miniaturas infláveis de sua caricatura. O ato simbólico foi realizado na sede do partido e teve como objetivo reafirmar o apoio ao ex-presidente, que, segundo eles, está sendo alvo de uma censura sem precedentes. “Colocamos essa réplica aqui porque ele não pode aparecer nas redes sociais. Essa é uma das censuras mais vergonhosas já vistas no Brasil. Contudo, nós, parlamentares conservadores que acreditamos em Deus, jamais abandonaremos nosso presidente”, afirmou Sóstenes, convocando os apoiadores a participarem dos atos programados para o próximo dia 3 de agosto.
Esses acontecimentos refletem um intenso embate entre os poderes executivo e judiciário, além de ressaltar as divisões políticas que permeiam a atualidade brasileira. De um lado, há a defesa da liberdade de expressão e do apoio a Bolsonaro, enquanto do outro, as medidas de Moraes buscam preservar a ordem e evitar supostas violações à lei.
