Entidades representativas do agronegócio e da indústria alimentícia do brasil se uniram em uma declaração conjunta em resposta às recentes alegações do CEO global do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard. Durante uma declaração, Bompard afirmou que a rede não compraria mais carnes do Mercosul para suas lojas na França, uma posição que gerou forte reação entre os líderes do setor. Essa nota de repúdio, assinada por várias organizações, reflete o compromisso das empresas de alimentos e dos produtores rurais da região com práticas responsáveis e sustentáveis, assim como com a segurança alimentar.
Os signatários da nota incluem grandes entidades, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do brasil (CNA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A mensagem é clara: os produtos de proteína do Mercosul estão presentes em mercados de todo o mundo, incluindo os mais exigentes, como os Estados Unidos, a União Europeia, o Reino Unido, a china e o Japão.
O documento enfatiza que, caso o CEO Alexandre Bompard considere que os produtos do Mercosul não atendem aos padrões do mercado francês, que é análogo aos de outros países, ele deve reavaliar sua posição. Isso se deve ao fato de que, se não são adequados para abastecer as lojas do Carrefour na França, a lógica implica que não seriam apropriados para o abastecimento em nenhum outro mercado.
Os itens de proteína do Mercosul não são apenas de alta qualidade; eles são frequentemente auditados e certificados por diversas autoridades sanitárias e clientes internacionais, garantindo a segurança alimentar de todos os produtos que chegam aos consumidores. Dentre as certificações que as empresas do Mercosul possuem, destaca-se o BRC (British Retail Consortium), um dos mais respeitados padrões globais em produção de alimentos.
Além disso, o Mercosul se destaca como um líder mundial na exportação de carne de frango e bovina, figurando entre os principais fornecedores de carne suína. Essa ascensão na reputação internacional do bloco como um provedor de carne foi construída ao longo de décadas de dedicação à excelência da produção. Durante a pandemia de coronavírus, em 2020 e 2021, o setor agropecuário da região se mostrou resiliente e confiável, mantendo a capacidade de abastecer mercados globais em meio à crise.
A atuação das entidades representa cerca de 29 milhões de trabalhadores dedicados ao agronegócio no brasil, todos comprometidos com a promoção de segurança alimentar e a qualidade dos produtos disponíveis aos consumidores internacionais. Esta nota de repúdio não é apenas uma resposta a Bompard, mas um chamado à consideração do valor da produção agropecuária do Mercosul e seu impacto positivo nas cadeias de suprimento alimentar em todo o mundo.
O setor agrícola brasileiro, portanto, reafirma o compromisso com a produção responsável, sustentável e a segurança alimentar, valores fundamentais que orientam suas práticas diárias. As organizações que assinam a nota enfatizam a importância do diálogo e da cooperação internacional para garantir que os produtos do Mercosul continuem sendo reconhecidos e valorizados, não apenas em mercados locais, mas também nos exigentes mercados internacionais.
Este cenário atual requer um olhar atento e uma postura firme de defesa da qualidade e segurança dos produtos originados na região. Com unidade e compromisso, as entidades do agronegócio e da indústria alimentícia continuarão a trabalhar para assegurar que os produtos do Mercosul sigam sendo fornecidos a um mercado global que demanda excelência e confiabilidade. Portanto, a mensagem é clara: o Mercosul é um fornecedor de qualidade e deve ser considerado como tal em todas as suas operações internacionais.