**são paulo: aumento de casos de mpox e Medidas de Saúde Pública**
são paulo — A cidade de são paulo registrou 515 casos de mpox até o dia 17 de outubro, conforme o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde em 22 de outubro. Esse número representa um acréscimo significativo de 49 casos em relação ao levantamento anterior. Conhecida anteriormente como varíola dos macacos, a infecção tem mostrado um crescimento preocupante em apenas seis dias, saltando de 466 para 515, um aumento de aproximadamente 10%. Em comparação, na semana anterior, entre 3 e 11 de outubro, a elevação foi de apenas 20 casos, resultando em uma variação menor que a atual, de 4,48%.
As regiões que concentram o maior número de casos na capital paulista são o sudeste, com 153 registros, seguido pela área central, que conta com 145 casos confirmados. A zona norte tem 62 casos, enquanto o sul apresenta 60 e o oeste conta com 56. A região leste é a menos afetada, com 38 registros. Apesar do aumento no número de infecções, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde informou que, até agora, não houve mortes relacionadas à mpox na cidade em 2023. Desde o início da série histórica, em maio de 2022, foram registradas duas mortes e 3.550 casos confirmados.
No âmbito do estado de são paulo, até 22 de outubro foram contabilizados 800 casos de mpox em 2024, refletindo um cenário bem menos grave do que o enfrentado em 2022, quando o estado teve um pico de 4.129 registros da doença. Este estudo levou em conta informações coletadas desde janeiro. É importante ressaltar que, não houve mortes registradas neste ano relacionadas à doença, e até agora nenhum caso da nova variante Clado 1b da mpox foi identificado em todo o território paulista. Esta variante, por sua vez, foi detectada na Alemanha pela primeira vez, conforme relatórios do Instituto Robert Koch.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do governo do estado confirmou que desde o aparecimento do primeiro caso, 5.238 infecções foram confirmadas e três mortes foram relatadas. A resposta à mpox em são paulo incluiu campanhas de vacinação, iniciadas em março deste ano, voltadas principalmente para adultos com risco elevado de desenvolver formas graves da doença. Contudo, com o fim dos estoques disponíveis, a vacinação precisou ser suspensa. O Hospital Emílio Ribas, localizado na zona oeste da capital, é o principal centro de referência para o tratamento de casos severos de mpox no estado. A Secretaria de Saúde assegura que todas as unidades de saúde estão equipadas com orientações técnicas para monitorar e tratar a doença, visando a proteção da população.
Adicionalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma importante atualização na vacinação. Em 8 de outubro, aprovou o uso da vacina mpox, desenvolvida pela Bavarian Nordic, para adolescentes de 12 a 17 anos. Essa concessão, conhecida como pré-qualificação, visa facilitar a disponibilização de vacinas em situações de emergência. A decisão segue a aprovação anterior pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que já havia liberado o uso do imunizante para adolescentes em setembro. vale ressaltar que a OMS já havia dado aprovação similar para uso em adultos.
A infecção pelo vírus mpox pode ser especialmente perigosa para crianças, adolescentes e pessoas com sistema imunológico comprometido, apresentando sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre, dores de cabeça, dores musculares, dor nas costas e linfonodos inchados. Além disso, as lesões na pele, comumente associadas à doença, podem apresentar pus.
Outra medida de impacto aprovada pela OMS foi a do primeiro teste para diagnosticar a mpox, que obteve licença de uso emergencial em 4 de outubro. Essa aprovação é considerada fundamental para expandir as capacidades diagnósticas em países que enfrentam surtos dessa infecção, onde a demanda por testagens rápidas e precisas aumentou significativamente. A OMS reforçou que a ampliação dos testes permitirá que medidas de contenção da disseminação do vírus sejam implementadas de maneira ágil.
Recentemente, a mpox foi novamente declarada uma emergência global de saúde pública pela OMS, destacando a preocupação crescente a partir de um aumento acelerado de casos em locais como a República Democrática do Congo e países vizinhos. Em resposta a essa crise, o governo estadual emitiu um alerta epidemiológico em 23 de agosto, solicitando que as ações de vigilância e diagnóstico fossem intensificadas.
De acordo com a Secretaria da Saúde, a transmissão da mpox ocorre principalmente através do contato próximo com lesões de pele ou mucosas de indivíduos infectados. Os sintomas da doença incluem febre, fraqueza, linfonodos inchados, dores musculares, dor de cabeça e variações nas vias respiratórias como dor de garganta e congestão nasal. A adoção de medidas de prevenção e conscientização continua a ser um foco essencial na estratégia para controlar a disseminação do vírus.