Em 2024, a remuneração média anual de um CEO no brasil alcança impressionantes R$ 15,36 milhões, correspondente a aproximadamente R$ 1,28 milhão mensais, de acordo com um estudo realizado pela consultoria Vila Nova Partners. Este número significativo equivale a cerca de 2,8 vezes o salário médio de outros diretores executivos, evidenciando o papel crucial que os ceos desempenham nas organizações. Fernando Carneiro, sócio sênior da Vila Nova Partners e líder do estudo, destaca que “a importância da liderança do CEO é refletida em um impacto considerável nos resultados financeiros das empresas”.
A pesquisa abrangeu 83 empresas com ações listadas no Índice Bovespa da B3, analisando detalhadamente 84 ceos e 775 cadeiras em conselhos administrativos. Embora a remuneração média dos ceos tenha apresentado um leve aumento de 0,4% em comparação ao ano anterior, uma evolução nos aspectos da remuneração se torna evidente. O especialista aponta para uma crescente valorização dos Incentivos de Longo Prazo (ILP), que são fundamentais não apenas para alinhar as expectativas de executivos e acionistas, mas também para garantir a retenção de talentos e proteger as empresas em um cenário competitivo.
A estrutura de compensação no nível executivo revela que a remuneração variável, que inclui Participação nos Lucros e Resultados (PLR), bônus e opções de ações, pode superar consideravelmente o salário fixo, refletindo o mercado em constante evolução e a busca por estratégias que impulsionem resultados.
Analisando o perfil dos ceos no brasil, cerca de 46% possuem formação em engenharia, um reflexo da alta demanda por habilidades analíticas nesse cargo. Entretanto, esse padrão está em transformação; recentemente, as empresas têm mostrado uma disposição crescente para acolher líderes com formações em áreas como economia e administração. Essa diversidade traz não apenas novas perspectivas e ideias, mas também formas inovadoras de gestão que, em última instância, impactam positivamente os resultados das organizações.
vale destacar que a maioria dos ceos, aproximadamente 45%, está na faixa etária dos 50 aos 59 anos, resultando em uma idade média de 54,8 anos para esses líderes. Carneiro aponta que a crescente expectativa de vida saudável está diretamente relacionada ao prolongamento da carreira dos executivos. Essa tendência sugere que, nos próximos anos, será comum vermos um aumento no número de ceos com mais de 60 anos ativos no mercado.
Confira alguns dados relevantes sobre o perfil dos ceos no brasil:
– 34% possuem mais de uma década de experiência na função;
– Apenas 5% são mulheres, o que destaca a necessidade de maior inclusão no setor;
– 61% dos ceos foram promovidos internamente, sinalizando a valorização de talentos da casa;
– 46% estão em seus cargos atuais há de um a cinco anos;
– 79% têm experiência anterior como Conselheiros de Administração;
– 42% possuem experiência internacional.
Além disso, a remuneração dos presidentes dos conselhos de administração é uma questão que merece atenção, já que eles recebem em média R$ 377.419 por mês, o que equivale a quase cinco vezes o salário médio de seus pares, situado em R$ 78.917. Tal remuneração, no entanto, vem acompanhada de grandes responsabilidades. “O papel de um presidente de conselho exige, no mínimo, o dobro do tempo de uma posição tradicional de conselheiro e requer um nível elevado de senioridade e capacidade de influência”, explica Carneiro. A relevância dessa posição é ainda mais acentuada pelo peso que esses profissionais exercem sobre a imagem e o impacto da empresa no mercado.
Dados adicionais sobre o perfil dos conselheiros no brasil revelam que:
– 81% possuem formação em áreas como engenharia, administração, economia e direito;
– 34% têm experiência prévia no setor financeiro;
– 20% já atuaram como ceos;
– 17% são acionistas ou fundadores;
– 19% têm mais de 70 anos, enquanto apenas 2% são menores de 40 anos;
– A idade média dos conselheiros é de 59,3 anos.
Essas estatísticas oferecem um panorama claro sobre a dinâmica de liderança no brasil, revelando não apenas as características e experiências comuns entre ceos e conselheiros, mas também destacando a necessidade crescente de diversidade e inovação nas esferas de gestão executiva. Facilidade de adaptação e a busca por resultados diferenciados devem guiar os passos futuros desses líderes em um mercado em constante transformação.