O secretário-executivo do Consórcio brasil Central (BrC), José Eduardo Pereira, compartilhou a experiência angustiante vivida por ele e pela comitiva brasileira durante sua estadia em israel, no auge do recente conflito com o Irã. O relato destaca os momentos de apreensão enfrentados pela delegação, que incluía 40 representantes brasileiros, enquanto se preparavam para cumprir uma agenda de compromissos entre os dias 7 e 14 de junho. Contudo, a escalada repentina das hostilidades forçou uma extensão inesperada de sua permanência em Tel Aviv.

Durante os dias de tensão, José Eduardo descreveu a rotina angustiante marcada por sirenes que ecoavam incessantemente, tanto nos celulares quanto nas ruas e no próprio hotel onde estavam hospedados. Ele enfatizou que desde o primeiro dia de conflito, a situação se deteriorou rapidamente, levando a comitiva a buscar abrigo no bunker do hotel em várias ocasiões. “Nós corremos debaixo de sirenes muito fortes. Foram dias seguidos de alerta, com mísseis sendo lançados e uma escalada crescente da violência. O grupo se abrigou no hotel, vivendo sob a constante sombra do perigo”, relatou ele em um vídeo que foi compartilhado a pedido do Metrópoles.

O governo israelense orientou os brasileiros a se dirigirem imediatamente ao bunker sempre que houvesse qualquer sinal de ameaça. Essa orientação contribuiu para intensificar o clima de incerteza e ansiedade que dominou a delegação. “Estávamos imersos em uma situação de risco real e desconhecido, o que tornou esses dias ainda mais tensos e desafiadores”, afirmou José Eduardo, refletindo sobre a experiência perturbadora.

No contexto da visita oficial, a comitiva brasileira estava em israel a convite do governo local, com o objetivo de conhecer diversas entidades públicas e privadas, abrangendo áreas como tecnologia e agricultura. Entre os membros da delegação estavam quatro secretários do Distrito Federal (DF): Ana Paula Marra, responsável pela Secretaria de Desenvolvimento Social; Marco Antônio Costa Júnior, da Secretaria de Ciência e Tecnologia; Rafael Bueno, secretário de Agricultura; e Thiago Frederico de Souza Costa, secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública. A missão oficial tinha como foco estabelecer laços e parcerias estratégicas, mas o início dos conflitos alterou drasticamente o curso da viagem.

O secretário-executivo do BrC também mencionou que, na última noite antes da partida para o brasil, a delegação foi surpreendida por uma escalada significativa do conflito, com intensas trocas de mísseis. “Estávamos prestes a retornar ao brasil quando, de repente, fomos confrontados com uma situação de caos, que escalou de maneira alarmante”, explicou ele. Essa repentina intensificação das hostilidades levou a uma intervenção das autoridades israelenses em conjunto com a Embaixada do brasil.

Após intensas conversas entre o governo de israel e a Embaixada brasileira, foi organizada a transferência da comitiva para a jordânia, onde eles chegaram no dia 18 de junho. O deslocamento para outro país foi uma estratégia essencial para garantir a segurança dos membros da delegação. Ao chegarem à jordânia, a comitiva foi dividida em grupos, facilitando o retorno seguro de todos ao brasil nos dias subsequentes.

O Consórcio brasil Central, que coordenou a viagem, informou que a Embaixada do brasil na jordânia prestou assistência completa à delegação durante essa transição, assegurando que todos os cuidados necessários fossem tomados. Essa experiência, repleta de desafios e reviravoltas inesperadas, não só testou a resiliência dos participantes, mas também destacou a importância da segurança em situações de crise internacional. A comitiva, apesar dos desafios enfrentados, retornará ao brasil com histórias e lições valiosas sobre cooperação e a necessidade de manter os laços diplomáticos, mesmo em tempos de adversidade.

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