Roberta Miranda, a renomada cantora sertaneja, utilizou suas redes sociais para manifestar apoio à jornalista Cíntia Chagas, que recentemente fez uma denúncia grave contra seu ex-marido, o deputado Lucas Bove. A acusação de violência doméstica inclui relatos de episódios de agressão, e Roberta se sentiu compelida a se posicionar, afirmando publicamente: “Total devoção”. A artista, conhecida por sua firmeza e compaixão, comentou intensamente sobre a situação no Instagram, destacando a importância do respeito e do carinho nas relações.
Em suas declarações, Roberta enfatizou que um homem verdadeiramente inteligente deve tratar as mulheres com dignidade, respeito e amor, defendendo que a “total devoção” é um aspecto essencial em qualquer relacionamento saudável. “Se o homem fosse inteligente, ele trataria a mulher com dignidade, com respeito, com carinho, com amor e com total devoção”, disse a cantora, expressando sua indignação em relação à situação de Cíntia e ressaltando a necessidade de relações baseadas em respeito mútuo.
A artista fez questão de lembrar que Lucas Bove, membro do Partido Liberal (PL) e eleito deputado estadual em São Paulo, deve muito a Cíntia, que foi um suporte fundamental durante sua campanha eleitoral. Roberta questionou a retribuição de Bove a esse apoio: “Ela foi fundamental na campanha dele, mobilizou seus seguidores para ajudá-lo. E é assim que ele retribui [batendo nela]?”, indagou, chamando a atenção para o contraste entre a ajuda recebida e o tratamento recebido em troca.
Após seu desabafo, Roberta Miranda fez alusão a episódios que presenciou entre o casal, insinuando que o ambiente de violência pode ter sido visível para aqueles próximos ao ex-casal. “Muito obrigada, Majestade! Você presenciou. Você sabe”, foi o que ela citou em referência a testemunhas que estavam ao seu redor. Tal afirmação trouxe à tona a gravidade do contexto em que Cíntia estava inserida.
Após o término do relacionamento conturbado, Cíntia Chagas se submeteu a uma perícia técnica psicológica para avaliar os efeitos emocionais decorrentes de sua experiência com Lucas Bove. O relatório de avaliação indicou que as dificuldades emocionais e comportamentais que Cíntia enfrenta são frutos do estresse gerado pela violência psicológica que sofreu. A psicóloga Kátia Rosa, responsável pela avaliação, confirmou que Cíntia apresenta sinais de “ansiedade, angústia, medos, bruxismo e intensa queda de cabelo”, resultantes da relação abusiva.
No laudo, a equipe پزشکی explicou que Cíntia não apresenta Transtorno de Personalidade, mas sim sinais de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Este diagnóstico é considerado relevante, pois se relaciona diretamente a vivências de violência e traumas psicológicos profundos. “A Sra. Cintia apresenta sintomas de Estresse Pós-Traumático. O TEPT é uma psicopatologia, sendo considerado o principal transtorno associado às situações de violência ou eventos traumáticos”, afirma o documento, ressaltando o impacto significativo que as violências sofridas causaram na saúde emocional de Cíntia.
Cíntia compartilhou detalhes de seu relacionamento com Lucas durante a avaliação, revelando que ele a pediu em namoro apenas duas semanas após se conhecerem. No entanto, a influenciadora descreveu uma rápida deterioração na relação, com crises de ciúmes e tentativas de controle sobre seus relacionamentos sociais. Ela relatou várias formas de violência, incluindo episódios em que Lucas a agrediu fisicamente, deixando marcas visíveis.
Além das agressões físicas, Cíntia enfrentou diversas formas de violência psicológica, caracterizadas por comentários despectivos e tentativas de desvalorizá-la. O relatório aponta que Lucas afirmou ter tais atitudes como uma forma de “ensinar Cíntia a ‘ser mulher’”, insinuando que sua formação e contexto familiar a tornavam inferior. Este tipo de manipulação emocional é uma das muitas formas que a violência psicológica pode assumir, causando danos profundos e duradouros à vítima.
Diante de toda essa situação, é evidente a crucialidade de discussões sobre a violência doméstica e a necessidade de apoio às vítimas. Roberta Miranda, ao se pronunciar em apoio a Cíntia, não só destaca a urgência de romper o ciclo da violência, mas também serve como voz para muitas mulheres que sofrem em silêncio.